O poço não tem fundo para este FC Porto

Os “dragões” sofreram em Paços de Ferreira a 13.ª derrota da época e já estão a 12 pontos do primeiro lugar do campeonato, ocupado pelo Benfica. Diogo Jota, ao minuto 80, marcou o único golo do jogo.

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AFP

A meio da semana, Pinto da Costa deu um murro na mesa. O presidente do FC Porto admitiu que a sua equipa “bateu no fundo” depois da derrota com o Tondela e deixou um aviso aos jogadores: “Esta época acabou. Têm seis jogos para mostrar que têm carácter e valor para jogar no FC Porto.” No entanto, a época não acabou e o poço parece não ter fundo para este FC Porto. Em Paços de Ferreira, os “azuis e brancos” deram mais uma prova de incompetência, sofreram a 13.ª derrota da época e já estão a 12 pontos do líder Benfica.

Num final de tarde frio e de muita chuva, os corajosos adeptos que se deslocaram ao Estádio Capital do Móvel assistiram a duas partes distintas. Na primeira, viu-se duas equipas em profunda crise, que ofereceram dos piores 45 minutos de futebol a que se assistiu esta época.

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Com Aboubakar proscrito, José Peseiro fez avançar Suk, abdicou de Brahimi — o argelino era titular há 27 jornadas consecutivas — e, pela primeira vez desde Agosto, Varela foi titular no campeonato. Do outro lado, com apenas uma vitória nos últimos 13 jogos, Jorge Simão optou por dar poder de choque ao seu meio-campo, colocando Marco Baixinho ao lado de Pelé. O resultado das apostas dos técnicos foi uma mão cheia de nada: nos primeiros 45 minutos, o Paços de Ferreira não existiu ofensivamente e o FC Porto fez um par de remates sem perigo.

Após os primeiros 45 minutos, Simão percebeu que o FC Porto continuava a ser o mesmo FC Porto das últimas jornadas e perdeu o medo. Trocou Barnes e Minhoca por Edson Farias e Cícero, deu maior profundidade ao ataque dos “castores” e Casillas deixou de ser apenas um espectador. Pelo contrário, Peseiro teve que trocar Corona, que estava a ser um dos poucos inconformados, por Brahimi. O FC Porto saiu a perder.

Lentos e previsíveis no ataque, os “dragões” apenas conseguiam incomodar Defendi com remates de fora da área e perante a inépcia colectiva da sua equipa, Peseiro arriscou, mas apostou no cavalo errado: aos 76’, Chidozie cedeu o lugar a André Silva, Danilo recuou, o jogo ficou completamente partido e os pacenses agradeceram. Com a equipa portista desequilibrada, Bruno Santos ganhou espaço na direita, cruzou e Diogo Jota, com alguma sorte à mistura, fez o único golo do jogo.

Em desespero, o FC Porto lançou-se no ataque, mas Defendi revelou-se intransponível e, com duas grandes defesas, impediu que André Silva e Suk aliviassem uma agonia que parece não ter fim para os “dragões”.

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