Marítimo volta a assombrar Julen Lopetegui

Os madeirenses alcançaram uma histórica vitória no Estádio do Dragão, por 3-1. Com esta derrota o FC Porto fica praticamente afastado da Taça da Liga logo ao primeiro jogo.

Foto
O Marítimo fez a festa no Dragão Fernando Veludo/NFactos

Na época passada foi a única equipa a derrotar o FC Porto por duas vezes nas competições nacionais e nesta, depois de empatar os portistas no Funchal logo à segunda jornada do campeonato, o Marítimo foi ao Estádio do Dragão impor com estrondo o primeiro deslize interno dos “azuis e brancos” em 2015-16. Com a derrota caseira por 3-1 contra os madeirenses, o FC Porto fica com pé e meio fora da Taça da Liga e a contestação a Julen Lopetegui reacendeu-se em força.

A estreia do FC Porto na Taça da Liga ganhou um interesse redobrado para os adeptos pela presença de André Silva no “onze”, mas o ansiado baptismo do jovem avançado na equipa principal do FC Porto ficará marcado pelo desastre colectivo da exibição dos “dragões”.

Foto

Com um confronto com o Sporting à porta, Lopetegui manteve apenas Maicon como titular em relação ao último jogo, mas resultado final não divergiu muito do que se tem visto nas partidas do FC Porto: muita posse, pouca ou nenhuma intensidade e clarividência ofensiva.

O Marítimo entrou no Dragão com três pontos já somados – vitória contra o Feirense por 4-2 – e Ivo Vieira não facilitou. Sem poupanças, o treinador colocou em campo os melhores jogadores, manteve na frente do ataque uma das duplas mais competentes a nível nacional (Marega e Dyego Sousa) e acertou no jackpot.

Desde o minuto inicial que ficou claro que os madeirenses não se iam limitar a defender e o duelo ganhou com isso. Na primeira parte, embora o domínio territorial fosse “azul e branco”, as oportunidades foram repartidas.

Do lado do FC Porto, era quase sempre André Silva o protagonista, mas o Marítimo nunca deixou Helton arrefecer: os insulares remataram quatro vezes à baliza do brasileiro nos primeiros 45 minutos.

Após o intervalo a novidade foi a troca de André André por Imbula, aparentemente para gerir a condição física do português, e a saída do médio mais esclarecido do FC Porto coincidiu com o descalabro “azul e branco”.

Logo aos 48’, uma arrancada de Marega só foi travada em falta e, na sequência do lance, Fransérgio fez o primeiro golo. A desvantagem inquietou os adeptos, mas nos minutos seguintes os “dragões” reagiram bem e Salín viu-se em apuros num par de ocasiões. Os portistas, no entanto, não eram competentes a atacar e mostravam displicência a defender: aos 70’, um brinde de Marcano ofereceu a Alex Soares o 2-0.

O até aí ainda contido Dragão explodiu. Com assobios e lenços brancos nas bancadas, o FC Porto passou a jogar sob brasas e já em período de descontos Marega colocou no marcador um impensável 3-0.

Na resposta, Aboubakar ainda reduziu, mas a terceira derrota de Lopetegui em cinco confrontos com o Marítimo já era tão certa como a provável eliminação do FC Porto da Taça da Liga: basta que os funchalenses não percam na recepção ao Famalicão para os portistas estarem fora da prova.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários