FC Porto assustou-se, mas passou o teste

O União da Madeira esteve muito perto de somar um ponto no Dragão.

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Herrera marcou o segundo golo do FC Porto Miguel Riopa/AFP

Depois de cavar uma vantagem de 2-0, todos esperavam que o FC Porto fosse, finalmente, conseguir uma vitória convincente sobre o União da Madeira, neste sábado, no Dragão, mas está provado que a equipa de José Peseiro está “especializada” em complicar. O 3-2 final é um espelho dessa especialização.

Depois da derrota em Braga, na última jornada da Liga, e por causa da vitória do Sporting no campo do Estoril, minutos antes, os “dragões” entraram em campo com a difícil tarefa de afastar as críticas e conseguir, perante os seus adeptos, uma vitória tranquila. Mas de tranquilo o jogo de ontem teve muito pouco.

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A postura defensiva dos insulares não foi uma surpresa. Foi, aliás, assumida pelo próprio técnico, Norton de Matos. Foi assim que Sporting (derrota por 1-0) e Benfica (empate a zero) perderam pontos na Madeira, mas os “dragões”, que na primeira volta venceram no arquipélago por 4-0, tinham que voltar a contornar a teia defensiva do União e parte da história do jogo resume-se a essa tarefa.

José Peseiro voltou a optar por Layún para resolver a “questão central”, com o mexicano a fazer dupla com o jovem Chidozie. A vaga em aberto na esquerda ficou, como habitual, para o espanhol José Ángel, com Sérgio Oliveira, que se estreou a titular na equipa principal do FC Porto, a ser a grande novidade no “onze” portista.

O médio, que até ontem tinha apenas quatro minutos na Liga, deu nas vistas pelo que jogou e fez jogar, muito graças a uma visão de jogo e qualidade de passe acima da média.

José Peseiro confiou-lhe a missão de “pensar” o ataque dos “dragões” e desfazer a teia do União, e bastaram 25 minutos para o ex-Paços de Ferreira desenhar o primeiro golo do FC Porto. Com um passe, isolou Maxi, que, sobre a direita, assistiu Aboubakar que “encostou” para um golo fácil.

Estava feito o mais complicado, pensava-se no Dragão. A toada do jogo manteve-se, com o FC Porto a dominar e os madeirenses a espreitarem o contra-ataque e foi quase de forma natural que o FC Porto chegou ao 2-0 — Herrera finalizou da melhor forma um lance sobre a esquerda. A vencer por 2-0, era suposto o FC Porto ter tranquilizado, mas não foi assim.

Nova quebra de intensidade da equipa “azul-e-branca”, e “balde de água fria” no Dragão. Mais um. Por duas vezes, o lado esquerdo da defesa portista falhou e Danilo aproveitou para igualar o resultado, com golos aos 62 e 67 minutos.

O ambiente piorou no Dragão, mas no último suspiro Corona pacificou os ânimos, ao fazer o 3-2 aos 87 minutos. O FC Porto passou o teste, mas voltou a tremer.

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