Museu da Língua Portuguesa não vai para o Pavilhão de Portugal

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O Pavilhão de Portugal continua sem nenhum projecto fixo Jonatas Luzia

O Museu Nacional de Arte Popular (MNAP) vai reabrir portas “ainda este ano no âmbito das comemorações do centenário da República”, afirmou a ministra da Cultura. Em declarações à agência Lusa, Gabriela Canavilhas confirmou a abertura do Museu da Língua Portuguesa também para o próximo ano e anunciou que este projecto não irá ocupar o Pavilhão de Portugal.

A mesma responsável afirmou que o MNAP reabrirá “com o seu espólio enriquecido com outras dinâmicas de leitura complementadas por esta equipa”. Gabriela Canavilhas disse que “está a ser consolidada a equipa de instalação do acervo que irá proceder ao trabalho de museologia e de museografia”.

Outro Museu que irá abrir portas será o da Língua Portuguesa, inicialmente previsto para ocupar o edifício do MNAP em Belém, mas que irá ser instalado “num espaço onde os portugueses se revêem na sua portugalidade”. Gabriela Canavilhas não quis revelar o local preciso “pois estão ainda a decorrer negociações” mas referiu que “não será no Pavilhão de Portugal, até porque não tem ligação directa com o Ministério da Cultura”.

À Língua Portuguesa a ministra quer associar as viagens dos portugueses pois foram estas que afirmaram a Língua e a Cultura portuguesas no mundo. “A Língua Portuguesa, do meu ponto de vista, quando se fala em apresentá-la em espaço museológico deve estar associada à expansão da Cultura portuguesa e a Língua foi-se afirmando no mundo através da viagem, da partida dos portugueses. Julgo ser oportuno juntar a Língua com a viagem, onde se incluem os fluxos migratórios dos séculos XVIII, XIX e XX”, defendeu a governante.

Relativamente ao novo edifício do Museu Nacional dos Coches (MNC) a instalar em Belém, “as obras vão arrancar em Janeiro”, garantiu. O MNC já não abrirá portas, conforme o previsto, a 05 de Outubro de 2010, nas celebrações da República, “mas serão cumpridos os prazos de execução da empreitada que prevê dois anos”.

A ministra afirmou que vai dar “seguimento a uma decisão já anunciada, já estipulada e contratualizada” e que não quer voltar a discutir. O objectivo é “fazer um museu de referência”.

Relativamente à instalação da Casa da Arqueologia no edifício da Cordoaria Nacional, à Junqueira, a ministra afirmou estar apenas à espera de um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). “Até ao final do mês devo receber um relatório do LNEC que me dê garantias de que o espaço da Cordoaria é absolutamente seguro em termos da sua implantação geográfica”, disse.

Na Cordoaria Nacional está prevista a instalação do Museu Nacional de Arqueologia, actualmente numa ala do Mosteiro dos Jerónimos, e ainda diferentes serviços de arqueologia, designadamente o das Arqueo-ciências, a Biblioteca cedida por protocolo pelo Governo alemão e a divisão de arqueologia náutica e subaquática.

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