Munch para além de O Grito no Museu Thyssen-Bornemisza em 2015

Grande retrospectiva do pintor norueguês em Madrid vai acontecer Outubro de 2015.

Foto
Ao Final da tarde (1888) DR

Já lá vão 30 anos desde que Espanha recebeu uma grande retrospectiva do norueguês Edvard Munch (1863-1944). Foi em 1984 em Madrid. Em 2015, vai voltar a ser a capital espanhola a receber a obra de Munch no Museu Thyssen-Bornemisza, que inaugura em 2015 uma grande exposição do pintor.

O objectivo é dar a conhecer a obra de Edvard Munch, que vai muito para além do icónico O Grito, da qual Munch fez quatro versões. Três delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta é a única que está em mãos privadas, tendo mudado de proprietário em 2012 quando foi comprada em leilão por um empresário nova-iorquino por 91 milhões de euros.

Para Madrid no próximo ano vão viajar cerca de 70 obras, escreve o El País, numa colaboração entre o Museu Thyssen-Bornemisza e Munch Museet de Oslo, na Noruega. A exposição vai ser inaugurada a 6 de Outubro de 2015 e ficará no museu madrileno até ao dia 17 de Janeiro de 2016.

“Já estava na altura de se fazer uma exposição sobre Munch em Madrid”, disse na conferência de imprensa de apresentação da exposição a directora do museu norueguês, Stein Olav Henrichsen, explicando que cerca de metade das obras da mostra serão da colecção do seu museu, enquanto as outras virão de colecções privadas. A selecção das obras ainda não está feita mas é provável que O Grito não seja exposto em Madrid e isto porque, como explicou Stein Olav Henrichsen, o objectivo da mostra é que as pessoas conheçam o trabalho de Munch no seu todo e não pelas suas obras-estrela.

“Com a exposição Munch 150 [que esteve em Paris e viajará também a Londres] prescindimos de O Grito e os resultados foram muito bons. O público compreendeu toda a amplitude da obra de Much”, defendeu a directora do Munch Museet de Oslo.

Mas com a pintura ou sem ela, é certo que O Grito estará presente “de alguma maneira”, sublinhou o director artístico do Museu Thyssen-Bornemisza, Guillermo Solana, não adiantando mais informação sobre o assunto.

Na conferência de imprensa, que aconteceu esta quinta-feira em Madrid, foram muitas as perguntas que ficaram sem resposta, uma vez que os responsáveis pela exposição garantiram que ainda é cedo para começar a desvendar mais sobre o acontecimento. Mas uma coisa garantiram: “não vai decepcionar”.

Uma das estrelas da colecção do Museu Thyssen-Bornemisza, em Espanha,  é a obra  Ao Final da tarde, um óleo sobre tela de 1888 – obra de Munch que é considerada, como se lê na descrição do museu, “a primeira representação da melancolia na obra do artista norueguês”.

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