Jorge Palma toca e bem acompanhado (com Jake Bugg)

A segunda semana do festival EDP Cooljazz começa com dois cantautores: Jorge Palma ao piano, com , e a jovem estrela britânica Jake Bugg.

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Jorge Palma em concerto PAULO PIMENTA
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Jorge Palma ao piano no ano 2000 MIGUEL SILVA
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Jake Bugg DR
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Jake Bugg fotografado para a capa do seu álbum de estreia DR

Trovador, rocker, cantautor de canções que hoje milhares sabem de cor, Jorge Palma volta a um dos seus discos mais singulares e mais celebrados: , que fez 25 anos em 2016. Vai tocá-lo de novo na noite de terça-feira (21h30), no âmbito do 14.º EDP Colljazz. Mas antes dele, na primeira parte, actuará o jovem cantautor britânico Jake Bugg.

é um disco de voz e piano, que Palma gravou em 1991 logo após ter concluído com êxito o Conservatório. Apesar de ter começado a tocar piano aos cinco anos e a estudá-lo aos seis, entrando aos oito no Conservatório, só voltou lá para concluir o curso depois de uma aventura de vários anos pelo rock e pela guitarra eléctrica, ficando o piano de lado. Ao gravar , Palma retomou a sua ligação ao piano, em canções tão emblemáticas quanto Canção De Lisboa, Frágil, Bairro do amor, Terra dos sonhos, Deixa-me rir, Jeremias, o fora-da-lei, Viagem na palma da mão ou A gente vai continuar, tema que deverá encerrar o concerto de dia 25 nos Jardins do Marques de Pombal, em Oeiras.

“Vou tocá-lo, mas numa sequência diferente da original, à semelhança do que fiz nos concertos do CCB e da Casa da Música em 2016”, diz ao PÚBLICO Jorge Palma. Já o novo disco, que ele anunciou que ia começar a gravar, foi ligeiramente adiado. Tem cinco canções novas em pré-produção, gravadas, com banda, mas não cantará ainda nenhuma delas em Oeiras. “Espero que lá para Setembro possa dar mais novidades.”

Três discos aos 23 anos

Quanto a Jake Bugg, que se estreou em Portugal no ainda Optimus Alive, em 2013, é um jovem cantautor britânico que cruza a cena indie com fortes influências da música dos anos 1960-70. Nascido Jake Edwin Kennedy em Nottingham, Inglaterra, em 28 de Fevereiro de 1994 (três anos depois de Jorge Palma ter gravado !), chega aos 23 anos com três discos gravados: Jake Bugg (2012), Shangri La (2013) e On My One (2016). Além deles, gravou também um DVD, ao vivo: Live At The Royal Albert Hall (2014).

Embora tenham começado por apelidá-lo de “novo Bob Dylan” (que até se estreou em disco mais tarde do que ele, aos 21 anos; Jake gravou o primeiro com 18), Jake Bugg tem afirmado que a sua principal referência são os Rolling Stones (e os blues, por via deles). O muito que lhe vem da folk, indie ou não, ou do rock menos hard, coloca-o num patamar vocal que lembra Dylan mas também Donovan ou Don McLean (aliás foi a ouvir cantar este último num episódio dos Simpsons que Jake compôs a sua primeira canção). E se no seu repertório há temas mais folk como Lightning Bolt ou Broken, há também outros mais indie rock como Bitter Salt ou Love, Hope And Misery. E é curioso ver online, numa selecção de canções a que chamaram Acoustic Collection, as versões que ele assina: Beatles, Everly Brothers, Johnny Cash, John Martyn ou Nick Drake.

Depois de Jorge Palma e Jake Bugg, haverá mais dois concertos duplos: Luísa Sobral e Jamie Lidell, dia 26; e, a encerrar o festival, Jamie Cullum e Beatriz Pessoa no dia 29.

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