2014, o ano em que o Museu de Serralves faz 15 anos

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As duas antológicas de que se fala inauguram em Lisboa no mesmo dia no CAM: João Tabarra e Rui Chafes: no Porto, destaque para Serralves (na foto)... foi há 15 anos

Um ano de festa no Porto, e de exposições antológicas em Lisboa

Foi em 1999 que o Museu de Serralves abriu as suas portas, na altura com a exposição Circa 68 que apresentava um panorama das artes visuais no final da década de 60. Na altura, acorria-se para ver o museu que, como o tempo provaria, equilibrava no Norte do país a programação oferecida no Sul pelo Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. Com o passar dos anos, foi possível ver em Serralves muitos projectos de calibre internacional que os diferentes directores programaram e mostraram.

O ano que começa terá várias actividades ligadas a este aniversário, mas podemos destacar a exposição, a 14 de Fevereiro, 12 Contemporâneos – Estados Presentes, comissariada por Suzanne Cotter e Bruno Marchand. Inclui obras de Ana Santos, André Sousa, Carla Filipe, Gabriel Abrantes, Mauro Cerqueira, Nuno da Luz, Pedro Barateiro, Pedro Lagoa, Priscila Fernandes, Sérgio Carronha, Sónia Almeida e Von Calhau! O conceito destacado possui como referências duas exposições chave da década de 90: Dez Contemporâneos (Alexandre Melo, 1992), e Imagens para os anos 90 (Fernando Pernes, 1993), e isto apesar de todos os artistas seleccionados possuírem actividade relevante apenas nos anos mais recentes. A 28 do mesmo mês teremos, ainda em Serralves, uma antológica da brasileira Mira Schendel, contemporânea de Lygia Clark e Hélio Oiticica.

Em Lisboa, as duas antológicas de que se fala inauguram no mesmo dia no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian: Rui Chafes, O peso do paraíso, e João Tabarra, que com Paisagem Interior se propõe, tal como o primeiro, revisitar os últimos 20 anos do seu trabalho. No mesmo dia, abrirá uma individual da tunisina NadiaKaabi-Linke, dando continuidade à aposta da directora do CAM na divulgação de artistas periféricos aos grandes centros da arte contemporânea.

Nas galerias e noutras instituições recomeçam as actividades. A 17, na Vera Cortez, as peças mais recentes de Suzanne Themlitz, Lá em baixo fica iluminada a sombra. Na Cristina Guerra, a 21, uma individual de João Louro, artista que tem actualmente a decorrer um projecto no espaço Travessa da Ermida. 22 é dia de inaugurações na Baginski, com a colectiva A viagem da sala 53: obras de Ana Vidigal, Igor Jesus, Karlos Gil, Nuno Nunes Ferreira e Vasco Barata; Ana Vidigal, de resto, apresentará aqui uma individual em Março, Sortido Fino. E no dia seguinte, a Belo-Galsterer mostrará uma individual de desenho, enquanto que no Empty Cube da Appleton Square se poderá ver um projecto de Miguel Vieira Baptista – como é habitual, o projecto decorre apenas durante a sua inauguração. Em Elvas, Pedro Valdez Cardoso terá um projecto no MACE a partir de 18, e em Guimarães, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, abrem a 25 Estrela Negra, de Jaroslaw Flicinski, e Provas de Contacto de José de Guimarães. Em Fevereiro, haverá individuais na Culturgest Lisboa, de Pedro Casqueiro, Luísa Correia Pereira e Ana Jotta; abre na Kunsthalle um projecto do italiano Patrizio di Massimo, Me, mum, dad, mister; teremos também uma antológica dos desenhos de Rui Sanches na Fundação Carmona e Costa, que se conjugará com uma exposição de escultura deste artista em Vila Nova da Barquinha. Finalmente, o Museu Gulbenkian prepara para o início de 2014 Os czares e o Oriente. Ofertas da Turquia e do Irão no Kremlin de Moscovo, selecção de luxuosas peças pertencentes àquela instituição russa, e uma itinerância que vem da Smithsonian de Washington D.C.

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