Cientistas apelam à ratificação do Protocolo de Quioto

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Os cientistas alertam que muito pode ser feito desde já pela qualidade do ar DR

Dezassete academias de ciências apelaram hoje à ratificação do Protocolo de Quioto através de um documento publicado na revista norte-americana "Science". O apelo surge um dia depois de a administração Bush ter decidido aumentar a oferta e o uso dos combustíveis tradicionais.

"Muito pode ser feito desde já", é o grande desafio lançado pelos signatários do artigo, entre os quais as academias da Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, França e Reino Unido. Fora do apelo ficou a congénere norte-americana, facto que mereceu dos autores do documento uma crítica indirecta: "O esforço [de combate às emissões de gases com efeito estufa] deve ser financiado principalmente pelos países desenvolvidos e deve implicar os cientistas de todo o mundo", adiantam."A ratificação do protocolo representa um avanço modesto, mas essencial, para estabilizar as concentrações de gás com efeito estufa na atmosfera", afirmam os cientistas, lembrando que são necessárias "medidas eficazes para evitar uma deterioração do clima da Terra".
Os apelos têm em mente um parceiro essencial do acordo ambiental - os EUA -, que no passado mês de Março decidiram abandonar o compromisso de Quioto.
Ontem, George W. Bush apresentou um plano energético para o país, no qual deixou claro que pretende resolver "a mais grave crise energética desde os anos 70", nomeadamente, através do reforço da exploração de petróleo e gás natural. Para tal será facilitado o licenciamento de novas centrais eléctricas e refinarias.

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