Pogacar mostrou mais uma vez o seu poder no Giro

O ciclista venceu a sexta etapa na sua estreia na prova italiana.

Foto
Pogacar a festejar mais uma vitória no Giro Ciro De Luca / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
02:22

O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) coroou neste sábado o triunfo final na Volta a Itália em bicicleta com mais uma exibição de um poderio sem igual nesta edição do Giro, da 20.ª e penúltima etapa.

Após um trabalho perfeito da equipa, como reconheceu no final, Pogacar atacou a 36 quilómetros do final, e a cinco do topo da derradeira subida, para vencer pela sexta vez uma tirada na sua estreia no Giro, aumentando ainda mais a vantagem sobre os principais rivais na geral - o segundo ficou a quase 10 minutos.

Para igualar os seis triunfos de Eddy Merckx em 1973, o esloveno venceu em 4h58m23s uma tirada de 184 quilómetros, entre Alpago e Bassano del Grappa menos 2m07s do que o francês Valentin Paret-Peintre (Decathlon AG2R La Mondiale) e do que o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), segundo e terceiro, respectivamente.

O "grande trabalho da equipa", com o português Rui Oliveira a ter um papel fundamental no início da etapa, ao não permitir que a fuga ganhasse grande vantagem, permitiu a Pogacar atacar na segunda passagem pelo Monte Grappa (primeira categoria), sem que, à semelhança do que aconteceu em quase toda esta edição, alguém conseguisse responder.

Naquele que foi provavelmente o maior "banho de multidão" deste Giro, Pogacar teve ainda tempo para pedir uma bidão a um assistente da equipa para o dar a uma criança, já nos quilómetros finais, cumprindo os derradeiros metros a acenar e a bater palmas aos adeptos, antes de cortar a meta com uma vénia.

"Tínhamos a camisola rosa desde o segundo dia, muitas obrigações. Hoje foi mais um teste, antes do Verão. Queria fechar o Giro com boa mentalidade, boa forma. Consegui. Agora vou desfrutar e fazer uma boa preparação [para a Volta a França]", referiu.

Agora, Pogacar vai desfrutar da sua primeira presença em Roma, na derradeira etapa, de 125 quilómetros, com partida e chegada na capital italiana, além de tentar ajudar o colombiano Juan Sebastian Molano na luta pelo sprint final.

No dia em que cumpre 38 anos, o britânico Geraint Thomas ainda viu a sua segunda presença seguida no pódio da "Corsa Rosa" ameaçada, quando ficou para trás na subida ao Monte Grappa, mas acabou por segurar o terceiro lugar, a 10m26s de Pogacar.

Na segunda posição vai ficar o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), a 9m57s de "Pogi", na maior vantagem desde 1965.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários