Retomadas buscas para encontrar desaparecidos do naufrágio perto de Tróia

Naufrágio da embarcação, na qual seguiam cinco pessoas, terá acontecido por volta das 7h de domingo, a três quilómetros de Tróia, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10h05.

Foto
Buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de um barco no domingo perto de Tróia foram retomadas às 7h30 desta terça-feira FILIPE FARINHA/STILLS
Ouça este artigo
00:00
02:13

As buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de um barco no domingo perto de Tróia, Grândola, foram retomadas às 7h30 deste terça-feira e alargadas “a oito milhas náuticas”, segundo o porta-voz da Autoridade Marítima Portuguesa.

De acordo com o porta-voz da Autoridade Marítima Portuguesa (AMN) e da Marinha Portuguesa, comandante José Sousa Luís, as buscas foram iniciadas às 7h30, tendo a área sido alargada a oito milhas náuticas (cerca de 14 quilómetros) para oeste e para sul. Nas operações de busca por mar estão envolvidos o navio NRP Sines da Marinha, uma lancha Instituto de Socorros a Náufragos (Estação Salva-vidas Sines e Polícia Marítima da Estação Salva-vidas de Sesimbra). Por terra estão empenhadas uma viatura vigilância costeira da Polícia Marítima com um drone e outro drone da Marinha e uma moto 4 da Policia Marítima.

As operações de busca de duas das cinco pessoas que seguiam a bordo da embarcação, que se afundou a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, foram interrompidas ao final da tarde de segunda-feira.

O naufrágio da embarcação, na qual seguiam cinco pessoas, terá acontecido por volta das 7h de domingo, a cerca de uma milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10h05.

O timoneiro e proprietário da embarcação de pesca, um homem de 62 anos, foi resgatado com vida do mar por outro barco que passou na zona. No domingo, foram localizados e retirados os corpos do rapaz de 11 anos (cujo pai, com cerca de 45 anos, ainda está desaparecido) e de um adulto de 23 anos — o irmão, de 21, é o outro desaparecido.

“Não existe qualquer relação de parentesco entre estas duas famílias”, mas os quatro desaparecidos “são de Cadoços, Grândola”, indicou o capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, na segunda-feira, aproveitando para corrigir a idade da criança. "Já está oficialmente confirmada a sua idade, que era 11 anos. Só faria 12 anos no próximo Verão”, disse.

O comandante da Polícia Marítima disse à Lusa, no domingo, que o timoneiro foi surpreendido por um golpe de mar e, apesar das manobras efectuadas, a embarcação virou-se e acabou por afundar.

Sugerir correcção
Comentar