Cartaz de luxo no primeiro capítulo dos “quartos” da Liga dos Campeões

A luta pela presença nas meias-finais da Champions arranca na noite desta terça-feira com dois jogos de desfechos imprevisíveis: Real Madrid-Manchester City e Arsenal-Bayern Munique.

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Na época passada, o Manchester City afastou o Real Madrid EPA/ADAM VAUGHAN
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Para primeiro capítulo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, dificilmente se podia pedir melhores protagonistas. Arranca esta noite a luta por um lugar entre as quatro melhores equipas da principal competição de clubes e, em Londres e em Madrid, haverá dois duelos de desfechos imprevisíveis. No Emirates Stadium, três dias depois de recuperar a liderança da Premier League, o Arsenal colocará à prova um Bayern Munique que tem na Europa a única via para salvar a época, enquanto no Santiago Bernabéu haverá o que, para muitos, é uma final antecipada: Real Madrid-Manchester City.

Cerca de um ano depois, o duelo repete-se, novamente com o primeiro assalto a ser em Madrid, havendo apenas uma diferença: na temporada passada, o confronto na Champions entre Real e City foi nas meias-finais. Porém, mesmo sendo nesta época ainda a dois degraus da final, a expectativa para o embate entre o vice-campeão de Espanha e o campeão de Inglaterra mantém-se intacta.

Com a recuperação do título espanhol praticamente assegurada, o Real encara o reencontro com o City com a eliminação da época passada bem presente e, na antevisão da partida desta terça-feira À noite, Carlo Ancelotti socorreu-se da frontalidade habitual para explicar o que faltou aos espanhóis em Abril do ano passado: "Jogámos sem coragem e sem personalidade, que são aspectos fundamentais neste tipo de partidas.”

Sobre o que se passará dentro das quatro linhas, Ancelotti afirma que a eliminatória passará pelos “pés dos jogadores de maior qualidade”. “Há um montão de jogadores em ambos os clubes com um montão de qualidades. Isso vai decidir o jogo, como acontece sempre. Os jogos são decididos pelos jogadores que estão no campo. Além da estratégia, que deve ser clara, os jogadores devem estar convencidos de que a devem colocar em prática da melhor maneira.”

Com duas baixas garantidas para o jogo – Courtois e Alaba -, o Real, assegura o técnico italiano, não apresentará “coisas esquisitas” no “onze”: “Não vou dizer quem vai jogar, mas não vão falhar na equipa. Podem falhar um, mas a equipa titular é bastante clara.”

Do outro lado, no regresso a Espanha, Pep Guardiola terá dois problemas para resolver: a indisponibilidade de Kyle Walker e de Nathan Aké, por problemas físicos, mas mostrou ter confiança plena na sua equipa: “Vimos de dois jogos em que melhorámos muito e marcámos golos com facilidade. Confio totalmente na minha equipa. Somos os campeões e queremos repetir isso.”

Sem ter o mediatismo do Real-City, em Londres haverá também um confronto de alto nível, em que os pratos da balança podem pender para qualquer um dos lados. Depois de ter afastado o FC Porto com enorme dificuldade, o Arsenal tem a seu favor o momento que atravessa no campeonato inglês, onde é líder, a par do Liverpool, mas, tal como se viu contra os “dragões” nos “oitavos”, parece ainda faltar “tarimba” aos “gunners” a nível europeu.

Mikel Arteta, treinador dos londrinos, admitiu que a sua equipa terá “um grande desafio contra um dos clubes mais bem-sucedidos da Liga dos Campeões”. “O Bayern é uma equipa de topo e sou um grande admirador de Thomas [Tuchel] e da maneira como ele monta as suas equipas. Aprendi muito com ele”, concluiu o espanhol.

Com o título na Bundesliga perdido para o Bayer Leverkusen - os bávaros têm 16 pontos de atraso para a equipa de Xabi Alonso -, Tuchel assegura que nesta viagem a Londres o Bayern está “preparado tacticamente” para o Arsenal, mas retribuiu os elogios que recebeu de Arteta: "Eles administraram muito bem todos os aspectos do jogo. A impressão digital dele está presente e merece os maiores elogios por isso. É incrível como Arteta e sua equipa técnica transformaram o Arsenal."

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