Cartas ao director

A solução encontrado por PSD e PS para a presidência do Parlamento continua a motivar cartas de leitores, assim como a situação na Palestina.

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Festa no Parlamento

No dia em que ficou conhecida a composição do novo Parlamento, com os deputados eleitos, alguns deles repetentes, as imagens televisivas pareciam transmitir uma festa, em que a Assembleia da República mais parecia uma feira de vaidades, em que ficou evidente que o novo governo, perante os jogos de bastidores que travaram a eleição do novo presidente da Assembleia da República, não vai ter uma legislatura fácil.

Não é claro que as posições assumidas pelos deputados venham ao encontro da estabilidade governativa. A ideia que subsiste é que as dificuldades que começam já a ser colocadas parecem transmitir como que um ajuste de contas para aqueles que saíram derrotados das eleições.

As dificuldades da eleição da segunda figura do Estado acabam por ser um mau presságio para o início de uma legislatura, mas mostram também até que ponto alguma classe política coloca em primeiro lugar os seus interesses, em lugar dos interesses do país, e em que a visão de uns é diferente da visão de outros. Porém, o mais importante é a estabilidade política da nação, em que as pessoas fizeram ouvir a sua voz.

Américo Lourenço, Sines

Dia Mundial do Teatro

O teatro tem de estar sempre aberto, perto dos espectadores que querem ver as suas actrizes e actores a representar a sua arte, a Arte de Talma. Tal a vitalidade e oportunidade que os autores colocam nos seus textos, nas suas dramaturgias.

Dias como este são a constatação de que o teatro está vivo e recomenda-se. Lembram-se, assim, tantos actores e actrizes, encenadores, autores, arrumadores, sonoplastas e demais colaboradores, igualmente fundamentais para que o espectáculo aconteça. Não se esqueça, espectador, de, no final, tributar com uma salva de palmas e bradar sentidos bravos, oferecer cravos, ou outras flores, que são, sem favores, o que de melhor poderemos retribuir a quem tanta arte nos mostrou e, porventura, nos fez recordar uma aventura, uma situação que vivemos, um anseio que tivemos, porque o teatro é, afinal, uma outra forma de olharmos para nós, descobrindo-nos, sem máscara, e sem tibiezas, sentindo, quiçá, as cruezas do quotidiano, que, por vezes, não queremos ver.

Ver e sentir o teatro na sua cabal dimensão e intenção é, acreditem, uma razão para estarmos presentes e atentos ao que nos rodeia, e, sem receio, acreditar no seu e nosso futuro.

José Pereira Costa, Lisboa

A solução

A solução encontrada para a eleição do presidente da Assembleia da República é inteligente por parte dos dois partidos que representam três quartos dos eleitores portugueses.

Pelo que se viu nas votações o PSD e o PS estão entalados pelas alas da extrema-direita e extrema-esquerda, respectivamente. O bloco central ou entra tanto quanto possível em negociações entre si, ou vai acabar por ser reduzido a dois partidos periféricos, como, infelizmente, tem acontecido por toda a Europa.

Quando, em situações como esta eleição, se consegue criar tanto problema, os eleitores desiludidos ou passam a abstencionistas ou vão engrossar o Chega.

O seu líder considera que esta solução o torna o líder da oposição, situação que mais lhe agrada, porque, embora levante muitos problemas, não apresenta qualquer situação realista e viável. Custa a acreditar que não se saiba que era a isto que ele vinha.

Compete aos dois partidos do centro trabalharem e colaborarem de modo a demonstrar aos votantes deste partido como foram enganados e mostrarem, ao contrário do que diz Ventura, que a sua principal preocupação é o país, ou melhor, os portugueses.

António Barbosa, Porto

Imoral genocídio

Mais uma vez escrevo para o PÚBLICO sobre o imoral genocídio levado a cabo por Israel sobre os palestinianos. Não é possível continuar há meses a ver o que é uma impiedosa e cruel e inumana destruição de um povo, suas crianças, idosos, todos os que fazem parte da Palestina.

Quem são os israelitas? Chamam-se a eles próprios “povo eleito”. Eleito por quem? Por um deus cruel e assassino? Não deveriam ter tanto orgulho nisso. Esse deus, dos israelitas, não existe. Só num conveniente passado de “povo perseguido” que passa de geração em geração. Tão conveniente que lhes permite as maiores atrocidades sobre as debilitadas crianças, os sofridos idosos, todos os palestinianos que só querem viver em paz. Basta!

Helena Azul Tomé, Lisboa

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