Humanidade GMO

Seria interessante e, quem sabe, evolutivamente vantajoso, acrescentar mesmo uma cauda aos nossos corpos.

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Foi recentemente publicado na revista Nature um estudo sobre a perda da cauda nos símios, que terá ocorrido há cerca de 25 milhões de anos. A hipótese inicial do estudo é a de que os nossos ancestrais perderam as caudas quando mutações alteraram um ou mais dos seus genes. Os cientistas compararam o ADN de seis espécies de símios com o de nove espécies de macacos caudados, descobrindo uma mutação compartilhada por símios e humanos — mas ausente nos macacos com cauda — no gene TBXT. Esta mutação terá afetado aleatoriamente um único símio, fazendo com que este desenvolvesse um coto em vez de uma cauda. Este “defeito”, o de nascer sem cauda, não constituiu uma limitação: aparentemente o animal sobreviveu e prosperou, passando a mutação para seus descendentes. Com o tempo, a mutação TBXT tornou-se a norma nos símios e nos seres humanos atuais. De alguma forma, num jogo de parada-resposta com o bipedismo, perder a cauda revelou-se uma grande vantagem evolutiva.

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