Hospital de Almada usa pulseiras para prevenir fuga de doentes

Equipamento usado sobretudo em pacientes com alterações psiquiátricas ou cognitivas activa sinais sonoros, luminosos e encerramento de portas.

Foto
Hospital Garcia de Orta Rui Gaudencio
Ouça este artigo
00:00
01:48

O Hospital Garcia de Orta tem a funcionar desde Setembro, no serviço de urgência, um sistema de pulseiras electrónicas para doentes com risco de fuga que em média faz três a quatro disparos por dia.

A decisão foi tomada para evitar riscos de fuga de pacientes com alterações psiquiátricas ou cognitivas, que são, segundo a unidade de saúde, uma realidade cada vez mais frequente nos serviços de urgência. O seu risco de fuga é também maior.

"Esta realidade, conjugada com o facto de o serviço de urgência geral ter três a quatro possíveis locais de saída, levou a que fosse tomada esta decisão, com vista a salvaguardar a integridade física dos doentes mais vulneráveis", explica o hospital, que já recorreu a este sistema mais de 600 vezes.

Com tecnologia de identificação por radiofrequência, as pulseiras activam sinais sonoros, luminosos e o encerramento de portas externas e internas.

Para implementar a sua utilização foi criado um regulamento e definido um protocolo de actuação de todos os intervenientes no processo. Além de serem aplicadas em doentes com evidência ou história de alteração cognitiva significativa como, por exemplo, patologias psiquiátricas ou demências diagnosticadas, são ainda usadas em utentes conduzidos por agentes da autoridade, com mandado de condução para internamento compulsivo.

Aplicam-se também a doentes com risco suicida elevado ou com sintomas psicóticos e que apresentem alterações do comportamento ou agitação psicomotora com risco para o próprio ou para terceiros.

Sujeitas a validação médica por parte da especialidade que observa o doente, não substituem a necessidade de controlo humano por parte dos profissionais de saúde, que se devem articular com os elementos da equipa de segurança. Apenas enfermeiros e médicos acedem ao sistema, estando obrigados, pelo seu código deontológico, a assegurarem os princípios da confidencialidade e protecção de dados.

Sugerir correcção
Comentar