Diogo Piçarra comenta Esta canção, segundo tema do EP que Mafalda Veiga lança dia 22

Para acompanhar o lançamento do seu novo EP, Mafalda Veiga convidou outros músicos e compositores para falarem sobre uma das cinco canções, tendo em conta a sua sensibilidade e ligação aos temas nelas abordados. Os vídeos resultantes desse convite estão a ser publicados em exclusivo no PÚBLICO ao longo desta semana, até à saída do EP. Na segunda-feira, a canção Óscar, que já fora revelada em Outubro de 2022, foi aqui comentada por Samuel Úria. Hoje é a vez do tema Esta canção, lançado em Fevereiro de 2023, que também integra o novo EP de Mafalda Veiga, a lançado na próxima sexta-feira, dia 22. Além das canções citadas e de Madrid ou Pequim, o EP terá dois inéditos: Geografia particular e De fio a pavio.

Desta vez, o escolhido para comentar a canção foi Diogo Piçarra, que neste depoimento fala dela desta forma: “Esta música surge desta forma tão leve, tão despretensiosa, tão livre de compromisso (...) Sem o objectivo de salvar o mundo, de salvar alguém, de salvar a vida de alguém e, na verdade, no fim de uma canção, ou no fim de um concerto, no fim de um disco, fica sempre algum salvamento que nós não sabemos, mas que aconteceu. Talvez a Mafalda não saiba: não salvou o mundo, mas pode ter salvo o mundo de alguém. E esta música pode ser também essa salvação. Obrigado, Mafalda, por esta canção que tanto me diz.”

Por altura do lançamento do videoclipe de Esta canção, realizado por André Tentúgal, Mafalda Veiga descreveu-o assim: “O vídeo d’Esta canção parte de uma ideia original minha: a casa como lugar de intimidade e de criação, os meus objectos preferidos que materializam a memória e os afectos, e a tentativa de partir dessa intimidade para a procura do ‘outro’, dos ‘outros’, do mundo à minha volta que olho através da antiga Super 8 do meu pai como quem quer poder registar e guardar cada detalhe. Vejo, lá fora, esses ‘outros’ que poderiam estar a ver-me também e as suas casas (e o seu olhar) acabam por devolver a imagem em espelho.” A produção foi de Mafalda Veiga (autora de música e letra), Agir e Nelson Carvalho.