Acidentes rodoviários, mortos e feridos graves diminuíram este ano

Números são comparados com 2019 e 2023, já que os três anos entre estes dois tiveram o trânsito condicionado pelas restrições causadas pela pandemia

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PSP contabiliza menos acidentes, menos mortos e feridos graves Nelson Garrido/Arquivo
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Os acidentes rodoviários e consequentes vítimas mortais e feridos graves diminuíram nos dois primeiros meses do ano, face a mesmo período de 2019 e 2023, anunciou este domingo a Polícia de Segurança Pública (PSP).

"Os dados da sinistralidade rodoviária referentes ao meses de Janeiro e Fevereiro de 2024, e a sua comparação com o período homólogo dos anos de 2019 e 2023, revelam que no presente ano houve um decréscimo significativo do número de acidentes, vítimas mortais e feridos graves", informou a PSP em comunicado, assinalando que os anos 2021 e 2022 não são considerados em termos de comparação, porque correspondem ao período de pandemia, em que houve menos tráfego rodoviário.

O número de feridos leves e o número total de feridos aumentou (mais 91 e mais 69, respectivamente) face ao ano passado, mas o número de acidentes diminuiu (menos 520, passando de 8897 para 8377), bem como a sua gravidade, já que o número de vítimas mortais "é manifestamente inferior" ao ano transacto (passou de 17 para 10), bem como o número de feridos graves (de 122 para 100).

Comparando com os dois primeiros meses de 2019, verifica-se uma diminuição do número de acidentes (menos 1228), bem como do número de vítimas mortais (menos um), de feridos leves (menos 345) e do total de feridos (menos 340).

Apenas o número de feridos graves foi superior (mais cinco) este ano face ao registado em 2019.

Relativamente à fiscalização rodoviária nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2024, a PSP realizou 3990 operações em todo o país, fiscalizou 106.614 condutores e controlou 481.871 viaturas por radar.

No total, a polícia registou 27.777 contra-ordenações, das quais 5894 por excesso de velocidade, o que corresponde a mais de 21% do total das infracções registadas.

No âmbito das mesmas fiscalizações, foram feitos 34.558 testes de alcoolemia, dos quais resultaram 477 autos de contra-ordenação por condução sob o efeito do álcool.

A PSP salienta que, destas infracções, 113 diziam respeito a "condutores aos quais se aplica a taxa reduzida de álcool" (condutores com carta de condução há menos de três anos), correspondendo a cerca de 24% do total de infracções por condução sob o efeito do álcool.

Outras infracções apontadas pelas forças de segurança foram a falta de inspecção periódica obrigatória (2344 casos), falta de seguro de responsabilidade civil (773), uso do telemóvel durante a condução (601), falta do uso do cinto de segurança (305) e de cadeiras para bebés (125).

No mesmo período, foram feitas 1040 detenções por crimes rodoviários, nomeadamente 555 por condução sob o efeito do álcool e 485 sem habilitação legal.

A PSP apelou à condução segura e ao cumprimento da lei, lembrando que, actualmente, o comportamento humano "é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação".

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