A ressaca da Champions voltou a ser problemática para o FC Porto

O Vizela ainda chegou ao intervalo a vencer no Dragão, mas após ficarem em vantagem numérica, os portistas conseguiram chegar à goleada.

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Evanilson marcou o terceiro golo do FC Porto LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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A história repetiu-se e a ressaca da Liga dos Campeões voltou a ser problemática para o FC Porto. Depois das vitórias no Estádio do Dragão frente ao Shakhtar e ao Arsenal na Champions serem seguidas de uma derrota e um empate - frente ao Sporting e Gil Vicente, respectivamente -, os portistas voltaram a ter dificuldades após uma boa prestação na principal competição europeia. Na jornada 26 da I Liga, o FC Porto chegou ao intervalo a perder em casa frente ao Vizela, mas depois dos minhotos ficaram em inferioridade numérica, os “dragões” acentuaram o domínio e, com golos de Francisco Conceição, Pepê, Evanilson e Toni Martinez, garantiram uma importante vitória, por 4-1.

Quatro dias depois de um amargo afastamento da Liga dos Campeões, Sérgio Conceição deu um sinal que a partida frente ao Vizela tinha um nível de importância máximo e optou por não fazer poupanças, colocando em campo a mesma equipa que iniciou a partida no Emirates Stadium.

Do outro lado, o campeonato dos minhotos era outro – o da sobrevivência na I Liga -, mas o Vizela viajou até ao Porto no melhor momento da época: oito pontos conquistados nas últimas cinco jornadas, com apenas uma derrota. No entanto, esse desaire tinha sido uma expressiva goleada a Luz (6-1). Porém, o técnico Rubén de la Barrera pareceu ter aprendido a lição e entrou no Dragão com uma estratégia diferente da apresentada em Lisboa.

Mesmo defendendo no início com oito jogadores bem recuados, o penúltimo classificado da I Liga não abdicou de tentar colocar em sobressalto a defesa “azul e branca”, apresentando um 4x4x2 em que Petrov e Essende surgiam armas ofensivas.

Porém, o jogo começou como se previa: com o FC Porto a mandar e Buntic a ter problemas. Foi assim aos 3’, quando o guarda-redes defendeu com dificuldade um remate de Wendell, ou aos 9’, quando Francisco Conceição ficou a um par de centímetros de marcar.

Todavia, foi num momento de infelicidade de Pepe, que, aos 17’, o marcador funcionou: Essende procurou na área Petrov, mas, ao tentar cortar, o capitão dos “dragões” colocou a bola no fundo da própria baliza.

A partir daí, o ambiente no Dragão, que já estava marcado pelo protesto dos Super Dragões e do Coletivo 95 por terem sido roubadas do Museu do FC Porto faixas das claques que foram queimadas poucas horas antes em Split pelos ultras do Hadjuk – que têm relações muito próximas com os No Name Boys -, tornou-se ainda mais frio.

A ganhar sem ter feito qualquer remate, o Vizela passou a defender com uma linha de seis, abdicou do ataque e colocou o FC Porto em problemas. Até ao intervalo, apesar do esmagador domínio na posse de bola, apenas num par de ocasiões os “dragões” conseguiram colocar a baliza de Buntic em perigo.

Apesar da desvantagem, Sérgio Conceição não mexeu na sua equipa, mas os pratos da balança ficaram definitivamente desequilibrados a favor do FC Porto quatro minutos após o descanso, quando Matías Lacava foi expulso por acumulação de amarelos.

A partir daí, a supremacia portista tornou-se esmagadora e, sem surpresa, o jogo ficou sem história e goleada surgiu, com golos de Francisco Conceição (55’), Pepê, Evanilson (77’) e Toni Martínez (89’).

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