Marcelo e outros políticos saem em defesa do jornalismo livre

Nesta quinta-feira, a classe jornalística cumpre uma jornada de 24 horas de greve contra a precariedade e em defesa de “melhores salários e melhores condições de trabalho”.

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Cartaz alusivo à greve dos jornalistas DR
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Quarenta anos depois da sua última greve, os jornalistas cumprem nesta quinta-feira uma paralisação de 24 horas através da qual pretendem chamar a atenção para a degradação das suas condições de trabalho, com salários baixos e contratos precários. Ao longo do dia, líderes de diferentes forças políticas têm mostrado a sua solidariedade para com a classe jornalística em posts nas redes sociais.

Marcelo Rebelo de Sousa, depois da audiência ao PCP, divulgou uma nota no site da Presidência em que não quis deixar "de sublinhar de novo, neste dia, o papel fundamental do jornalismo e de jornalistas livres e independentes na nossa Democracia, órgãos de comunicação social fortes, com titulares plenamente conhecidos com toda a transparência, profissionais respeitados e dignificados, pois 'onde não há comunicação social forte, não há democracia forte'". O chefe de Estado recordou ainda as “declarações que tem feito sobre a importância da Comunicação Social”.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, após ser ouvido em Belém na sequência das eleições de domingo passado, decidiu não prestar quaisquer declarações em respeito pela luta dos jornalistas.

No X, antigo Twitter, Luís Montenegro (PSD) deixou uma mensagem curta: "Hoje, a notícia é a ausência de notícias. O jornalismo é vital para a democracia: só há jornais, televisões e rádios fortes, livres e independentes com jornalistas fortes, livres e independentes."

Na mesma rede social, Pedro Nuno Santos (PS) também quis assinalar a data. "O jornalismo está hoje em greve. Uma comunicação social livre e independente de todos os poderes, com profissionais respeitados e valorizados, é um dos pilares de uma democracia forte e uma das condições para termos cidadãos informados", escreveu. E a eurodeputada Margarida Marques partilhou uma imagem do cartaz das concentrações.

Do lado do PCP, João Ferreira anunciou a sua solidariedade para com os jornalistas em greve e acrescentou: "Precisamos de uma comunicação social livre da tutela do poder económico, dos seus estreitos interesses e critérios." E os dois deputados do PCP no Parlamento Europeu partilharam uma foto com cartazes onde se lia: "Solidariedade com os jornalistas em luta."

Ainda à esquerda, o Bloco partilhou uma imagem de Mariana Mortágua com a seguinte citação da coordenadora bloquista: "Defender o jornalismo livre é a causa de quem defende a democracia. E a luta dos jornalistas prova que a sua causa é a democracia." Mais acima, podia ler-se: "O Bloco está solidário com a greve dos e das jornalistas. A precariedade, os baixos salários e o excesso de horas de trabalho são indignos para quem trabalha e colocam em causa a qualidade e a liberdade do jornalismo e o direito à informação."

A jornada inclui concentrações no Porto, em frente à Câmara Municipal; em Lisboa, no Largo Camões; em Ponta Delgada, no Jardim Antero de Quental; e Coimbra, Praça 8 de Maio.

Notícia actualizada com nota do Presidente da República

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