FC Porto soma e segue em trânsito de Portimão para Londres

Final de tarde tranquila antes da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com o Arsenal, deixa “dragões” na expectativa, à espera dos resultados de Benfica e Sporting.

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O FC Porto resolveu esta sexta-feira, de forma aparentemente simples, a deslocação a Portimão, onde não perde desde 1987 e voltou a impor-se, por 0-3, com golos de Nico González, Galeno e Pepê, em partida da 25.ª jornada da I Liga, encurtando provisoriamente a distância para os rivais Sporting e Benfica.

O compromisso da Champions, em Londres, aconselhava o FC Porto a resolver cedo o jogo de Portimão, decisivo depois da goleada imposta ao Benfica e de uma série de deslocações em que enfraqueceu a candidatura ao título.

Com Wendell recuperado, Sérgio Conceição não alterou o onze do clássico. Avisado das dinâmicas do corredor direito, o treinador dos algarvios — sem o “xerife” Pedrão — concebeu um plano para reforçar tanto o corredor esquerdo como as deambulações de Pepê, formando um 4x1x4x1 que facilmente comutava pelo 5x4x1 que mais tempo esteve em vigor.

Porém, o recuo de Seck e a liberdade relativa concedida a Gonçalo Costa acabou por estar na origem do erro de que resultou o golo portista. Um golpe ainda mais cruel porque aconteceu na resposta à primeira grande ocasião do jogo, desperdiçada por Hélio Varela.

Em sete minutos, o FC Porto conseguia o primeiro objectivo para poder estabilizar emocionalmente e partir para uma primeira parte de controlo absoluto. E o quadro só não foi mais negativo para o Portimonense porque Pepê, após iludir a marcação de Lucas Ventura, picou a bola por cima de Nakamura, levando-a a "beijar" a barra da baliza.

O guarda-redes japonês estaria em destaque pouco depois ao negar o bis a Nico González, com uma defesa de puro instinto.

Diogo Costa era, então, um mero espectador, atento às duas tentativas do ataque algarvio, com Dener a tentar um remate à meia volta e Jasper a ver uma transição perigosa neutralizada por culpa própria.

De certa forma, exceptuando um remate na segunda parte, acabou aí a resistência do Portimonense, que um minuto antes de o relógio assinalar a hora de jogo viu Galeno reeditar o golo apontado na Champions frente ao Arsenal.

Golo que, perante a superioridade dos portistas, acabou por ser uma sentença antecipada, para além de precaver a equipa, ainda traumatizada pelo golo de última hora que lhe "roubou" um triunfo em Barcelos.

A partir daí, percebia-se que o FC Porto tinha na mão o quinto triunfo nos últimos seis jogos, enquanto o Portimonense, ameaçado de queda para os lugares de despromoção, teria mais um jogo, o sexto consecutivo (curiosamente), sem vencer.

Pepê, que já tinha enviado uma bola à barra, surgiu à entrada dos últimos dez minutos para corrigir o desperdício da primeira parte, ampliando a vantagem para os portistas, que colocaram um ponto final na discussão.

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