Sérgio Godinho, Olga Roriz e mais 150 personalidades apelam a voto no BE

Um grupo de mais de 150 pessoas ligadas ao sector da cultura apela ao voto no Bloco de Esquerda nestas eleições. José Luís Peixoto, Jorge Palma, Diogo Faro e João Salaviza também integram a lista.

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Sérgio Godinho volta a apoiar o Bloco de Esquerda Daniel Rocha
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Mais de 150 personalidades maioritariamente ligadas ao sector da cultura —​ desde escritores, actores a produtores, músicos a realizadores — assinam um apelo ao voto no Bloco Esquerda (BE) nestas eleições legislativas de 10 de Março. Entre os signatários, estão os músicos Sérgio Godinho e Jorge Palma, o realizador João Salaviza, a actriz e encenadora Sara Barros Leitão, o escritor José Luís Peixoto, o realizador Manuel Pureza e a realizadora Margarida Gil. A extensa lista é ainda composta por professores universitários, médicos, arquitectos e investigadores.

Ao PÚBLICO, Sérgio Godinho — que em 2022 não se juntou a este por não ter concordado com a votação do Orçamento do Estado para 2022 que acabaria por levar à queda do Governo ― espera que, desta vez, "o Bloco de Esquerda aumente a sua representação parlamentar".

Por sua vez, a cineasta Margarida Gil explica que "já não é a primeira vez" que apoia o partido e, embora "tenha uma relação de estima com António Costa", se identifica "muito mais com o BE". Para Margarida Gil, houve "erros" e opções "desastrosas" dos últimos anos, não só na cultura, mas também na habitação. "Não me parece que as medidas para a cultura tenham sido brilhantes", lamenta, queixando-se da ausência de "respeito" pela profissão. Por fim, remata: "Tudo o que seja de esquerda precisa de ser apoiado."

Tiago Rodrigues, encenador e produtor, é um dos signatários do apelo e explica que irá votar BE porque quer um país governado "no contexto de uma maioria parlamentar de esquerda". O autor da peça Catarina e a Beleza de Matar Fascistas elogia a "liderança corajosa" de Mariana Mortágua e diz-se "esperançoso de um futuro mais justo e mais livre".

O sector da cultura, como o BE destaca no seu programa eleitoral, recebe "menos de 0,2% do PIB" e tem profissionais "na mais absoluta precariedade". No seu programa para estas eleições, os bloquistas pedem por isso "contratos para os profissionais, estabilidade para criar e um orçamento de pelo menos 1% do PIB" para a cultura.

O Bloco de Esquerda tem reunido o apoio de vários grupos que manifestam intenção de votar no partido liderado por Mariana Mortágua. Já na última semana, um grupo de 116 brasileiros a residir em Portugal, de "profissões e activismos variados", lançou um apelo ao voto no BE.

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