Sp. Braga precisa de ter a cabeça limpa na “final” de Baku

Ricardo Horta volta a falhar jogo do “play-off” dos oitavos-de-final com o Qarabag e Artur Jorge chama Bruma para uma última cartada.

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Artur Jorge acredita na reviravolta e na passagem aos "oitavos" EPA/Rodrigo Jimenez
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O Sp. Braga tem, esta tarde (17h45, SPTV2), em Baku, frente ao Qarabag, o que o treinador português Artur Jorge classifica de “missão difícil, mas não impossível”.

A única saída para um conjunto proveniente da fase de grupos da Liga dos Campeões — que disputou com Real Madrid, Nápoles e Union Berlin e que ainda há menos de um mês ergueu a Taça da Liga —, é reverter o resultado negativo (2-4) do encontro da primeira mão do “play-off” de acesso aos oitavos-de-final da Liga Europa.

Por outras palavras, o Sp. Braga está obrigado a vencer por dois golos de diferença para, no mínimo, poder empatar e continuar a discutir a eliminatória.

Esse seria o primeiro passo, que, em tese, até não parece uma ideia mirabolante. O primeiro problema reside no facto de o adversário azerbaijano — que pôde descansar e recuperar desde o jogo de Braga — ter vencido com mérito na Pedreira, demonstrando um futebol de qualidade.

O segundo está relacionado com a baixa de Ricardo Horta, ausência notada no embate de Braga e que se repete. Artur Jorge admitiu que chamar o “capitão” nas actuais circunstâncias acarretaria um risco elevado para o que falta da temporada “arsenalista”, pelo que optou por jogar outro “joker”, chamando Bruma para a eventualidade de o plano A de Baku precisar de uma correcção.

Na verdade, a pressão é, numa altura em que, na Liga, os lugares de Champions estão a 12 pontos e a final do Jamor já ficou pelo caminho, suficiente para quebrar o ânimo da equipa. Daí que Artur Jorge veja esta “final” de Baku de um prisma ligeiramente diferente. Com a mesma exigência, motivação e ambição, mas aliviando a carga psicológica a que os jogadores estão sujeitos.

“Jogar com alegria é fundamental para fazer melhor do que temos sido capazes nos últimos tempos. A equipa não pode jogar demasiado presa. É preciso exigência e foco, mas também satisfação. Precisamos muito de abordar este jogo de cabeça limpa!”, propõe o treinador, revelando o sentimento comungado pelo grupo logo após a derrota da Pedreira:

A caminho do balneário, os jogadores reiteraram: “Esta eliminatória ainda não está fechada”, contou Artur Jorge, que espera deste jogo de Baku exactamente o que pretende sempre que entra em campo: “Todos no Sp. Braga encaram qualquer jogo com o objectivo de lutar pela vitória. E é com essa mentalidade que vamos apresentar-nos para passar esta eliminatória”.

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