O intervencionismo estatal na banca é muito má ideia
Temos líderes partidários com pulsões dirigistas, autoproclamados banqueiros em potência, em vez de uma preferência pelo reequilíbrio concorrencial da actividade bancária.
Como seria de esperar, a campanha eleitoral tem sido pródiga em brindar-nos com propostas relativas ao sector bancário. Destaco três: a proposta do Bloco de Esquerda (BE) de reduzir as taxas de juro praticadas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), até três pontos percentuais, nos créditos à habitação; a proposta de estabelecer um fiador estatal em benefício daqueles que pedem crédito à habitação, defendida em graus e moldes diferentes pelo Livre e pela Aliança Democrática (AD); e a proposta de Pedro Nuno Santos de pôr o Banco Português de Fomento a funcionar, de uma vez por todas. Enfim, de um modo geral, todas elas pressupõem um maior intervencionismo do Estado, por oposição a uma maior regulação da concorrência no sector. Temos, portanto, líderes partidários com pulsões dirigistas, autoproclamados banqueiros em potência, em vez de uma preferência pelo reequilíbrio concorrencial da actividade bancária.
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