A viagem de Bissau até ao arquipélago dos Bijagós é longa – para a ilha de Bubaque, uma das mais visitadas, nunca menos de cinco horas. E até Orango Grande, a ilha habitada mais remota (e também a maior de todas), são pelo menos outras três. Isto na teoria, porque a prática é mais complicada: sai-se da capital guineense na sexta-feira e chega-se a Orango Grande no sábado, com paragem em Bubaque pelo meio.

A dureza da viagem é recompensada à chegada: "a natureza exuberantemente virgem" impressiona desde logo e o melhor ainda está para vir, como nos contam a Andreia Marques Pereira e o Paulo Pimenta. Na ilha de Orango perceberam como a natureza é sagrada e que o papel do ecoturismo é "respeitar e entender" os guardiães de tudo. Foi lá que avistaram os hipopótamos de água doce que têm honras de figurar no símbolo do Parque Nacional de Orango. Os locais chamam-lhes piscavalos – e o resto é para ler aqui.

Na ilha do Poilão o espectáculo da natureza é outro: assistir à desova das tartarugas-verdes. "Tudo parece culminar no momento em que observamos uma ‘lágrima’ escorrer no rosto impassível de uma tartaruga. Vem acompanhada de uma respiração ofegante, como um lamento visceral, e de um erguer da cabeça na pausa do seu labor", escreve a Andreia, sublinhando, também, que, perante semelhante quadro, "é impossível não nos sentirmos intrusos". Mais? É seguir para aqui.

Por fim, uma incursão à capital guineense, Bissau, com paragens na Praça dos Heróis Nacionais e no incontornável mercado de Bandim.

Bom fim-de-semana e boas fugas!