A Volta ao Algarve arranca com mais de 20 ciclistas do top 100

Aquela que é a mais importante corrida portuguesa do calendário internacional tem um pelotão repleto de estrelas.

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O ciclismo terá cinco dias intensos no Algarve Jesus Diges
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Já é hábito que a Volta ao Algarve traga às estradas da região alguns dos melhores ciclistas do pelotão internacional da actualidade. E a edição deste ano, a 50.ª, não será excepção. A “Algarvia” começa nesta quarta-feira e estará na estrada até domingo, com um pelotão de 175 corredores inscritos.

A saída de João Almeida do lote de inscritos pode ter sido uma espécie de “balde de água fria” para todos aqueles que esperavam ver aquele que é o melhor ciclista português da actualidade a competir nas estradas portuguesas. Mas a sua ausência (por ainda estar a recuperar de doença) não invalida que a Volta ao Algarve continue a ser uma corrida a acompanhar por todos aqueles que gostam de ciclismo.

Serão mais de 20 os ciclistas do top 100 mundial na “Algarvia”, onde se incluem 16 campeões, entre mundiais, olímpicos, nacionais, continentais e de várias variantes da modalidade. No lote de presenças estão asseguradas algumas bem conhecidas e destacadas na modalidade, casos de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) – que busca a sua terceira vitória na geral da prova portuguesa depois das alcançadas em 2020 e 2022 – mas também Wout van Aert e Sepp Kuss (Team Visma), Geraint Thomas, Thomas Pidcock e Filippo Ganna (INEOS) ou Tao Geoghegan Hart (Lidl-Trek), este último de regresso à competição após a queda na última edição do Giro, que o levou a uma longa convalescença após ter fracturado a anca.

O percurso da prova continua a ser muito completo, possibilitando que sprinters, trepadores e contra-relogistas tenham a possibilidade de se destacarem. O belga da Soudal Quick-Step foi um dos que elogiou o traçado da "Algarvia", desejando mesmo que "todas as corridas por etapas" fossem semelhantes.

A prova arranca em Portimão, com a primeira etapa a levar o pelotão até Lagos, num total de 200,8km, esperando-se um final ao sprint.

A segunda tirada será destinada aos trepadores, com os 171,9km a iniciarem-se em Lagoa e a terminarem no alto da Fóia, com a parte final da etapa a passar pela exigente subida da Pomba.

O terceiro dia de corrida é destinado, novamente, aos velocistas - 192,2km entre Vila Real de Santo António e Tavira, enquanto no sábado surge a grande novidade da prova deste ano: um contra-relógio de 22km, com partida da Marina de Albufeira e chegada junto aos Paços do Concelho da mesma cidade. Para o último dia da Volta ao Algarve, fica reservada a etapa com início em Faro e final no alto do Malhão, 165,8km depois.

Assim, ao contrário do ano passado, será a mais emblemática das subidas algarvias a decidir quem será o sucessor do colombiano Daniel Martínez (INEOS), que em 2023 venceu a prova no contra-relógio que foi disputado no último dia e que este ano também estará no pelotão, mas com as cores da Bora-Hansgrohe.

Grande favorito à conquista final continua a ser, contudo, Remco Evenepoel, que vai tentar tornar-se no segundo ciclista a vencer três edições da Volta ao Algarve, igualando o português Belmiro Silva, único ciclista a ter vencido a Volta ao Algarve por três vezes (1977, 1981 e 1984). – o belga tem assim o desafio de manter o seu registo na prova imaculado, já que ganhou a corrida cada vez que a disputou.

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