Temos óptimas canções de Brittany Howard, não temos um álbum de corpo inteiro

O segundo álbum a solo da antiga vocalista dos Alabama Shakes faz-se de gospel, soul, funk e electrónica para a pista de dança. Interpretação primorosa, mas a que falta uma verdadeira voz autoral.

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Em What Now, Brittany Howard assina um álbum muito do nosso tempo

Longe vão os tempos do rock sulista movido a poder soul dos Alabama Shakes. A banda está em hiato sem fim determinado e aquela em quem todos os olhares se concentravam, a vocalista, guitarrista e compositora Brittany Howard, lançou-se numa carreira a solo de que resultou, em 2019, Jaime. Nesse álbum, Howard afastou-se da matriz clássica dos Shakes para abraçar uma música híbrida, confluência de R&B, soul, jazz e rock, com o acústico, o eléctrico e o digital a cruzarem-se em canções feitas questionamento íntimo e catarse: a trágica morte precoce da irmã, aos 14 anos, as dificuldades enfrentadas enquanto filha de um casal birracial no Sul dos Estados Unidos, a sua afirmação enquanto mulher lésbica.

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