Governo do Chile diz que 99 mortes em incêndios são maior tragédia do país em 14 anos

Autoridades disseram que pelo menos 1000 casas foram destruídas e milhares de pessoas abandonaram as suas habitações. Há, pelo menos, sete incêndios activos em Valparaíso.

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Estragos causados pelos incêndios em Vina del Mar, Chile Reuters/SOFIA YANJARI
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Desde quarta-feira que a temperatura está próxima dos 40 graus Celsius no centro do Chile e em Santiago EPA/AILEN DIAZ
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Vinã del Mar, na região de Valparaíso EPA/ADRIANA THOMASA
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El Olivar, em Vinã del Mar EPA/ADRIANA THOMASA
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Área de Las Palmas, em Vinã del Mar EPA/AILEN DIAZ
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Corporação Nacional Florestal indicou que há, pelo menos, sete incêndios activos em Valparaíso, no cento do país EPA/ADRIANA THOMASA
Anna Gomes
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Presidente chileno impôs o estado de excepção, de modo a "ter todos os meios necessários" em prontidão Reuters/SOFIA YANJARI
Viña del Mar
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As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 bombeiros para combater as chamas Reuters/SOFIA YANJARI
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A onda de calor, resultante do fenómeno climático El Niño, atinge actualmente o sul da América Latina Reuters/SOFIA YANJARI
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Vinã del Mar, na região de Valparaíso Reuters/SOFIA YANJARI
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A ministra do Interior alertou, numa conferência de imprensa, que o número de mortes deverá continuar a aumentar Reuters/SOFIA YANJARI
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O prefeito de Viña del Mar, uma das cidades mais afectadas pelo incêndio, disse que há 372 pessoas desaparecidas EPA/ADRIANA THOMASA
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As autoridades disseram que pelo menos 1100 casas foram destruídas EPA/AILEN DIAZ
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As autoridades estabeleceram um recolher obrigatório nocturno a partir das 21h Reuters/SOFIA YANJARI
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Vinã del Mar, na região de Valparaíso Reuters/SOFIA YANJARI
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Os incêndios florestais de dimensão sem precedentes na região de Valparaíso, no Chile, já provocaram pelo menos 99 mortos, segundo dados do Serviço de Medicina Legal (SML) divulgados este domingo.

"A OSML admitiu um total de 99 corpos; 32 deles foram identificados. Além disso, realizámos 25 autópsias", informou aquele serviço num comunicado.

O número de mortos indicado anteriormente pelo Presidente chileno, Gabriel Boric, era de 64. De acordo com as autoridades, esta é a maior emergência natural desde o terramoto de 2010, que provocou 525 mortes e milhares de feridos no Sul do país.

A Corporação Nacional Florestal indicou que há, pelo menos, sete incêndios activos em Valparaíso, no cento do país, onde desde quarta-feira a temperatura está próxima dos 40 graus Celsius, tal como na capital, Santiago.

Na sequência dos incêndios, o Presidente chileno impôs o estado de excepção, de modo a "ter todos os meios necessários" em prontidão. As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 bombeiros para combater as chamas.

A onda de calor, resultante do fenómeno climático El Niño, atinge actualmente o sul da América Latina, em pleno Verão, provocando incêndios florestais, agravados pelo aquecimento global. A onda de calor ameaça Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias.

Número de mortes deverá aumentar

A União Europeia, através do alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, já ofereceu ajuda ao Chile para o combate aos incêndios.

"O Chile enfrenta mais uma vez incêndios devastadores com inúmeras mortes. Transmito o meu apoio e solidariedade ao Governo e ao povo chileno, a UE está pronta para colaborar e fornecer ajuda nestes tempos difíceis", afirmou Borrell numa mensagem publicada na rede social X.

A ministra do Interior alertou, numa conferência de imprensa, que o número de mortes deverá continuar a aumentar. “Temos ainda uma grande parte do território que não é acessível, consequentemente não temos um levantamento completo das vítimas nem das casas e infra-estruturas danificadas”, acrescentou Carolina Tohá.

O prefeito de Viña del Mar, uma das cidades mais afectadas pelo incêndio, disse que há 372 pessoas desaparecidas.

As autoridades disseram que pelo menos 1100 casas foram destruídas, tendo pedido a milhares de pessoas para abandonaram as suas casas. Quatro hospitais e três lares de idosos tiveram que ser evacuados.

As autoridades estabeleceram um recolher obrigatório nocturno a partir das 21h (2h em Lisboa), para facilitar o fornecimento de combustível às equipas de emergência, “uma prioridade”, segundo o subsecretário do Ministério do Interior, Manuel Monsalvé.

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