Parceria entre Vitória e fundo V Sports bloqueada até Outubro

“Estamos impossibilitados de nos relacionarmos”, adiantou o presidente do cluve vimaranense.

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Vitória SC não pode receber jogadores ou apoio financeiro do fundo V Sports EPA/HUGO DELGADO
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A parceria entre o Vitória SC e o fundo V Sports, detentor de 29% da SAD, está bloqueada pela UEFA até Outubro de 2024, revelou nesta sexta-feira o presidente do clube vimaranense.

Em entrevista à Rádio Santiago, órgão de comunicação social de Guimarães, António Miguel Cardoso revelou que o fundo que detém os ingleses do Aston Villa disponibilizou aos vimaranenses uma linha de crédito até ao "momento em que a UEFA bloqueou a relação".

"Estamos impossibilitados de nos relacionarmos. Eles [fundo V Sports] não nos podem emprestar jogadores, não nos podem financiar. Não podemos falar de nada que seja de futebol ou de questões financeiras. Tenho alguma curiosidade para ver o que vai acontecer entre o Girona e o Manchester City", disse, acerca da hipótese de os clubes ligados ao City Football Group competirem na Liga dos Campeões 2024-25.

Os sócios do Vitória SC aprovaram a venda de 46% das acções ao fundo detido pelo egípcio Nassef Sawiris e pelo norte-americano Wesley Edens por 5,5 milhões de euros, numa assembleia geral realizada a 3 de Março de 2023.

O V Sports reduziu, no final de Junho, essa participação para 29%, para cumprir o Regulamento das Competições da UEFA, face à participação de Vitória e de Aston Villa na Liga Conferência Europa de 2023/24, e tanto Wesley Edens como Nassef Sawiris abandonaram os dois lugares destinados ao fundo no conselho de administração da SAD.

À frente do Vitória SC desde 2022, o dirigente assumiu também que as vendas de Alisson Safira ao Santa Clara e de Dani Silva ao Verona, bem como o empréstimo de Nélson da Luz ao Qingdao West Coast, da China, renderam entre os dois e os três milhões de euros, quando o valor considerado adequado pelo departamento financeiro do clube se situava nos oito milhões.

Convencido de que o quinto lugar deve ser o "mínimo exigível" na I Liga, António Miguel Cardoso frisou que o clube precisa de uma nova academia, como complemento à actual, e disse que, no máximo, vai liderar o clube por dois mandatos, tendo recusado esclarecer se vai recandidatar-se em 2025.

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