Sp. Braga vence a Taça da Liga pela terceira vez

Minhotos triunfam na final sobre o Estoril-Praia. Após um empate no final do tempo regulamentar, o título foi decidido nos penáltis.

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Abel Ruiz e Bernardo Vital a olhar para a bola LUSA/PAULO NOVAIS
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Há muito tempo que o Sp. Braga procura estar sempre nas decisões. Algumas épocas são melhores que outras, mas é indesmentível que os minhotos subiram um patamar neste período, aquele onde se ganham títulos. Neste sábado, os minhotos reforçaram o lugar nesse patamar, ao conquistarem a Taça da Liga pela terceira vez na sua história, graças a um triunfo nos penáltis (5-4) sobre um heróico Estoril-Praia, depois de um empate (1-1) no final dos 90 minutos. Ganhar a Taça da Liga não é nenhuma novidade para os bracarenses (ganharam em 2013 e 2020), mas é uma novidade para o seu treinador, Artur Jorge, que conquista o primeiro troféu na segunda época completa no cargo.

Nenhum dos dois era favorito a estar nesta final, mas, entre os dois, seria o Sp. Braga, por tudo o que fez no futebol português nos últimos anos. E porque, entre os dois, era quem estava mais habituado a finais. Mas o Estoril também chegou aqui a desafiar as expectativas, deixando pelo caminho dois dos três primeiros do campeonato. O que é certo é que ambos estavam nesta final sem favor nenhum, por mérito próprio. E se já tinham chegado até aqui…

O jogo começou praticamente com um golo. Tudo começa numa saída deficiente dos bracarenses para o ataque, com uma perda de bola de Victor Gómez fruto da pressão alta estorilista. João Marques ficou com a bola e deu para Cassiano, em processo de desmarcação e a fugir a José Fonte. O internacional português derrubou o avançado brasileiro e, depois de rever as imagens por conselho do VAR, Fábio Veríssimo assinalou penálti. Da marca dos 11 metros, Cassiano bateu Matheus e colocou o Estoril na frente.

Tinham passado apenas seis minutos e era o novato em finais que estava a ganhar. O Sp. Braga levou mais alguns minutos a compor as ideias, mas percebeu bem o que tinha de fazer, aproveitar a defesa subida dos “canarinhos” e apostar na velocidade dos seus avançados. Aos 12’, quase marcou numa dessas situações, com Abel Ruiz a surgir isolado na área, mas o seu remate morreu nas mãos de Dani Figueira.

O empate aconteceu pouco depois. Num canto marcado por Zalazar, a bola foi direitinha para pé direito de Ricardo Horta. Sem deixar a bola bater no chão, Horta disparou de fora da área e Dani nem se mexeu, como que para apreciar o espectáculo que acontecia bem perto de si. O golo era a motivação de que a equipa de Artur Jorge precisava para assumir, em definitivo, o comando do jogo, e foi o que aconteceu. Mas, diga-se, sem grandes oportunidades de golo.

Após o intervalo, o Estoril conseguiu montar a sua resistência em zonas um pouco mais adiantadas do campo e conseguiu retirar alguma iniciativa aos minhotos. Guitane, que andara desaparecido, fez algumas aparições de perigo relativo e houve mais presença amarela junto à baliza de Matheus. Até ao final do tempo regulamentar, houve mais Sp. Braga, mas não o suficiente para evitar uma nova decisão nos penáltis.

E parecia que todos tinham treinado bem os pontapés da marca dos 11 metros. Um a um, os primeiros nove pontapés foram certeiros e os guarda-redes nem sequer tocaram na bola. Al Musrati, regressado após longa ausência, tinha marcado o quinto dos minhotos e colocava pressão total sobre Tiago Araújo, o quinto dos canarinhos a avançar. Mas o seu remate saiu ao lado e ainda não seria desta que o Estoril iria ter uma taça. Festejou o Sp. Braga, que está mais habituado a estas coisas.

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