Pinto da Costa recandidato à presidência do FC Porto a 4 de Fevereiro

O evento decorrerá no Coliseu do Porto no dia 4 de Fevereiro. Histórico dirigente tenta chegar ao 16.º mandato, depois de 42 anos de presidência.

Pinto da Costa vai a eleições no FC Porto
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Pinto da Costa vai a eleições no FC Porto Paulo Pimenta
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Pinto da Costa vai concorrer a 16.º mandato Paulo Pimenta
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Dirigente é o mais titulado da história do futebol Paulo Pimenta
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André Villas-Boas e Nuno Lobo já são candidatos às eleições Paulo Pimenta
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Está desfeita a dúvida: Pinto da Costa vai mesmo recandidatar-se à presidência do FC Porto e tentará chegar a um 16.º mandato enquanto dirigente dos "dragões". Em 42 anos, esta é a campanha eleitoral com concorrência mais feroz para o histórico presidente. É, também, o momento em que aparenta reunir menos consenso no universo "azul-e-branco". André Villas-Boas é o maior rival, com o empresário Nuno Lobo também na corrida.

Jorge Nuno Pinto da Costa convidou os sócios e adeptos portistas para um evento a ocorrer no dia 4 de Fevereiro, no Coliseu do Porto, onde será apresentado aos sócios e adeptos do clube um "projecto de renovação", conforme se pode ler no site "Todos pelo Porto".

No referido site explica-se o âmbito do evento: "O 'Todos pelo Porto' é um projecto de renovação, que irá redefinir o patamar competitivo do clube, contando com uma equipa de gestão contemporânea, comprometida em assegurar a sustentabilidade financeira e preservar o nosso espírito indomável. És fundamental nesta renovação, que chamamos de Porto Novo, um projecto de todos nós, liderado por Jorge Nuno Pinto da Costa."​

Não pode ser dito que esta decisão seja surpreendente, mas Jorge Nuno Pinto da Costa fez alguma cerimónia sobre o anúncio oficial da recandidatura. Em Novembro, deixou este avanço dependente de três condições: o apuramento para os "oitavos" da Liga dos Campeões, a obtenção de capitais próprios positivos e o início da construção da academia portista. Na passada semana, durante um jantar com apoiantes, deu como inevitável o cumprimento das três promessas. Abrindo, deste modo, o caminho da recandidatura.

"Não me irei pronunciar sobre qual será o meu futuro, porque a minha palavra está inteiramente marcada com o que prometi. Antes de pensar na recandidatura disse que o Porto tinha de estar nos "oitavos" da Liga dos Campeões, as contas tinham de ser positivas e a academia pronta a avançar. Até lá, vou manter-me no meu lugar", resumiu, do discurso durante o jantar com os apoiantes.

Luta de titãs

Com Pinto da Costa na luta pela presidência, todos os olhos se voltam agora para o duelo com André Villas-Boas. Nos últimos anos, os dois intervenientes fizeram juras de amor de parte a parte: Villas-Boas adiantou que não concorria contra Pinto da Costa, com o presidente a dizer que ficaria descansado se o clube ficasse entregue ao ex-treinador.

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Pinto da Costa é presidente dos "dragões" desde 1982 Paulo Pimenta

Mais recentemente, contudo, a relação de amizade e cumplicidade deteriorou-se. Apesar de o candidato dizer que Pinto da Costa continua a ser "o presidente dos presidentes" e merece ser tratado "com o maior respeito e elevação", fez duras críticas à gestão da actual administração, apontando os resultados financeiros negativos e os "interesses alheios" ao FC Porto servidos pelo clube como razões para concorrer.

Pinto da Costa respondeu ao treinador, considerando que Villas-Boas tem "uma obsessão" com o cargo de presidente. A "cadeira de sonho" do treinador, nome dado ao cargo que assumiu na época 2010-11, foi deixada livre a troco de dinheiro acenado pelo Chelsea. "Quando os sonhos terminam com dinheiro, para mim, não são de recordar", disparou. Por último, acusou Villas-Boas de ser apoiado por inimigos do clube e pela "comunicação social de Lisboa".

Face a esta última provocação, Villas-Boas acusou Pinto da Costa de estar a faltar ao respeito aos associados "azuis e brancos", garantindo que o apoio à candidatura vem única e exclusivamente destes. O ex-treinador inaugurou esta quarta-feira a sede oficial de campanha, recolhendo em poucas horas as 300 assinaturas necessárias para concorrer a eleições.

Ainda não há uma data oficial para o acto eleitoral, mas sabe-se que este decorrerá em Abril. Também ainda não é certo se vão ocorrer debates e respectivo agendamento. Com a campanha eleitoral ao rubro há, contudo, uma preocupação comum: a manutenção da tranquilidade da equipa e o mínimo de ruído que possa afectar o desempenho desportivo.

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