Fórmula 1 deixa Catalunha para regressar a Madrid a partir de 2026

Campeonato do Mundo volta à capital espanhola após 45 anos de ausência.

Madrid volta aintegrar o "grande circo" a partir de 2026
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Madrid volta aintegrar o "grande circo" a partir de 2026 EPA/Rodrigo Jiménez
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O Grande Prémio de Espanha de Fórmula 1 vai passar da Catalunha para Madrid a partir de 2026, regressando à capital 45 anos depois, anunciou esta terça-feira a organização do campeonato mundial da modalidade.

O contrato para a celebração do Grande Prémio de Espanha em Madrid - um regresso da Fórmula 1 à cidade, que recebeu a competição entre 1970 e 1981 - prevê a realização na capital espanhola até 2035, num "circuito híbrido", que usará o actual recinto e instalações da IFEMA Madrid, um consórcio responsável pela organização de feiras, congressos e outros eventos.

Caberá à IFEMA Madrid organizar o Grande Prémio de Espanha a partir de 2026, com base "num ante-projeto técnico do conceito do circuito e suas instalações" que ainda terá de ser homologado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), de acordo com o consórcio.

O circuito proposto tem 5,474 quilómetros, incluindo 1,5 quilómetros de "via pública", 20 curvas e uma volta de classificação de cerca de 1m32s, segundo divulgou a IFEMA Madrid e a empresa Dromo, a quem foi encomendado o desenho do traçado.

Na capital espanhola, a IFEMA Madrid gere um recinto de exposições que tem mais de 200 mil metros quadrados de pavilhões cobertos e outros 10 mil metros quadrados de espaços de reuniões, assim como 10 mil lugares de estacionamento.

O recinto é acessível por metro, comboios suburbanos e autocarros urbanos a partir do centro de Madrid e está a poucos quilómetros do aeroporto, tornando o futuro circuito do Grande Prémio um caso único de acessibilidade em transporte público dentro das provas do campeonato mundial de F1, como vincaram os responsáveis da IFEMA Madrid e da Fórmula 1.

Está em causa "uma nova premissa de circuito híbrido", que permitirá uma assistência de 110 mil espectadores no primeiro ano e 140 mil a partir do quinto, sem que haja perturbação na organização diária e habitual da cidade, disse o presidente da IFEMA Madrid, Jose Vicente de los Mozos, na apresentação da prova.

O Grande Prémio de Madrid e o respectivo circuito vão também combinar "espectáculo e competição", com troços "especialmente desenhados" a pensar no espectador e na transmissão televisiva, disse Jose Vicente de Los Mozos.

O presidente da Formula 1, Stefano Domenicali, considera que Madrid avançou com "um projecto inovador", com "diversidade" e "complementaridade entre os valores que são importantes para a Fórmula 1: competição desportiva, tecnologia e sustentabilidade".

Segundo a IFEMA Madrid, o Grande Prémio será o mais sustentável do campeonato mundial, neutro em emissões poluentes, contando apenas com financiamento privado.

A região de Madrid espera receitas anuais de 450 milhões de euros, associadas à prova, assim como a criação de mais de 8.200 postos de trabalho directos e dezenas de milhares de novos empregos indirectos, com os dez anos de contrato a garantirem o retorno do investimento, segundo a IFEMA e as autoridades da região.

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