Andebol: Eslovénia vence e acaba com o Europeu de Portugal

Eslovenos ficam com terceiro lugar do grupo após bater uma Dinamarca em poupança. Portugal ainda pode sonhar com lugar no pré-olímpico, mas vai ter de esperar.

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Martim Costa, jogador da selecção nacional Reuters/CATHRIN MUELLER
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Acabou o Euro 2024 de andebol para a selecção portuguesa. Os comandados de Paulo Jorge Pereira falharam o terceiro lugar do Grupo II do "main round", depois de empatarem, na última jornada, com os Países Baixos (33-33). Mesmo com este empate, ainda era possível avançar para o jogo do quinto lugar, mas, logo a seguir, a Eslovénia bateu uma Dinamarca em poupança e ficou com o terceiro posto e com o direito de estar no jogo do quinto lugar na próxima sexta-feira.

A selecção nacional falha, assim, um dos objectivos para este Europeu, que era o de igualar ou melhorar o sexto lugar de 2020 (irá ficar em 7.º ou 8.º), mas ainda pode sonhar com uma vaga no torneio pré-olímpico que dá lugares nos Jogos de Paris no próximo Verão - terá de esperar pela classificação do Grupo I, que ficará fechada nesta quarta-feira.

Ainda assim, Portugal teve um Europeu com muitos pontos altos. Para além das vitórias esperadas frente a Grécia e República Checa, os "Heróis do Mar" foram brilhantes nos triunfos frente a selecções tão credenciadas como a Noruega ou a Eslovénia, acabando por fraquejar de forma inesperada frente aos Países Baixos - uma vitória em vez do empate teria garantido a presença no jogo do quinto lugar.

Este confronto com os neerlandeses não foi o melhor dos jogos da selecção orientada por Paulo Jorge Pereira num Europeu onde já se exibiu a um nível altíssimo. Frente a uma selecção que ainda não tinha qualquer ponto neste “main round”, Portugal foi, sobretudo, muito pouco eficaz no ataque, desperdiçando uma enorme exibição do jovem Diogo Rêma na baliza – foi ele que manteve Portugal na discussão do resultado na primeira parte.

A selecção nacional conseguiu estar na frente nos primeiros ataques, mas, depois, pareceu haver sempre alguma precipitação no momento do remate. E os neerlandeses, liderados a partir do banco pelo lendário sueco Staffan Olsson e sem nada a perder neste Europeu, conseguiram colocar-se na liderança, mas também a enfrentar dificuldades no ataque porque Rêma estava inspirado.

As 13 defesas de Rêma, com uma eficácia perto dos 50%, foram quase tantas como os golos portugueses na primeira meia-hora. Com os irmãos Costa longe do acerto de outros jogos, valeu o sangue-frio de António Areia nos sete metros e algumas boas finalizações de Luís Frade na zona de pivot para manter o marcador em níveis respeitáveis ao intervalo – 15-17 favorável aos neerlandeses.

A selecção nacional não melhorou muito na segunda parte, mas conseguiu aproveitar da melhor forma uma exclusão de um adversário para ficar a perder por apenas um. Martim Costa começou a acertar mais na baliza dos Países Baixos e, aos 51’, Portugal recuperou finalmente a liderança, através de um remate certeiro de Pedro Portela.

No último minuto, Portugal teve posse de bola para manter a diferença nos dois golos, mas Frade não conseguiu bater o igualmente inspirado guardião neerlandês Ravensberg. Na resposta, os Países Baixos conseguiram empatar (33-33) e, no último suspiro, Kiko Costa ainda tentou uma penetração, sendo travado em falta. O cronómetro continuou a andar, os árbitros foram ver se a falta era merecedora de livre de sete metros, mas mantiveram a decisão original dos nove metros e a bola de Salvador, já com o tempo esgotado, não passou do bloco.

Rêma, com 15 defesas, foi eleito o MVP do jogo. Martim Costa e Luís Frade, ambos com oito golos, foram os melhores marcadores da selecção portuguesa. Rutger tem Velde, com sete golos, liderou os neerlandeses, que não conseguiram fugir ao último lugar do Grupo II.

Notícia actualizada com a vitória da Eslovénia sobre a Dinamarca

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