Portugal volta a ganhar no Europeu de andebol

Selecção nacional triunfa sobre a Eslovénia por 33-30 na segunda jornada do “main round”.

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Martim Costa marcou 11 golos frente à Eslovénia Reuters/CATHRIN MUELLER
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O que antes era surpresa, tornou-se no novo normal. A cada dia que passa, a selecção portuguesa de andebol vai confirmando os seus créditos como uma potência e, nesta sexta-feira, deu mais um passo para consolidar esse estatuto, triunfando sobre a Eslovénia por 33-30 (18-17 ao intervalo) na segunda jornada do Grupo II do “main round” do Europeu de andebol.

Em Hamburgo, a equipa orientada por Paulo Jorge Pereira voltou a desafiar o favoritismo antecipado do seu adversário (já o tinha feito há dois dias com a Noruega) e conquistou o direito de sonhar alto neste Europeu.

O que este triunfo sobre a selecção balcânica significa é que Portugal está muito próximo de garantir uma das duas vagas no torneio pré-olímpico para Paris 2024 – e isso, em princípio, fica garantido com um terceiro lugar no agrupamento, onde já tem quatro pontos, e o acesso ao jogo do quinto lugar.

Mas ainda está em aberto a possibilidade de Portugal ficar num dos dois primeiros lugares do grupo e, para que isso aconteça, terá de fazer o pleno nos dois jogos que restam, já no próximo domingo frente à Suécia, e na terça-feira seguinte, com os Países Baixos.

Nenhum sonho será demasiado ambicioso depois de mais uma excelente exibição frente a uma selecção com créditos – a Eslovénia já foi vice-campeã europeia (em 2004) e medalha de bronze no Mundial de 2017, para além de ter um registo de quatro vitórias nos últimos cinco jogos com Portugal.

Os balcânicos tinham algum favoritismo teórico e a experiência do seu lado, mas Portugal conseguiu segurar o jogo nos momentos críticos – exclusões, empates e desvantagens no marcador.

A selecção nacional foi a primeira a conseguir fugir no marcador, chegando a ter uma vantagem de quatro golos (12-8), alicerçada nas defesas de Capdeville e no acerto de Martim Costa.

Os eslovenos conseguiram recuperar e até chegaram a estar a ganhar por dois (14-16), mas Portugal conseguiu sacudir o mau momento e chegou ao intervalo com um golo de vantagem, um contra-ataque bem finalizado por António Areia.

Paulo Jorge Pereira mudou de guarda-redes ao intervalo – entrou Rêma para o lugar de Capdeville. Essa decisão seria uma das bases para o domínio português na segunda parte. O jovem guardião do FC Porto fez defesas importantes em alturas de maior fulgor esloveno e manteve Portugal sempre com algum conforto no marcador.

A selecção nacional entrou para os últimos dez minutos com quatro golos de vantagem (29-25) e foi brilhante na forma como manteve os eslovenos à distância até ao fim.

Martim Costa voltou a estar em excelente plano no ataque de Portugal, com 11 golos em 14 remates - o lateral do Sporting já vai em 38 golos neste Europeu. Também em destaque esteve Leonel Fernandes, com cinco colos e um acerto de 100% nos remates que efectuou.

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