Sp. Braga salva face com golo de última hora em Famalicão

Bracarenses iniciam segunda volta com triunfo suado frente a um adversário que tinha saído vitorioso de Braga, na primeira volta, e que esteve perto de voltar a travar a caminhada dos arsenalistas”.

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Abel Ruiz conduz ataque do Sp. Braga LUSA/HUGO DELGADO
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O Sp. Braga salvou, esta quinta-feira, com um triunfo, por 1-2, em Famalicão, já nos instantes finais (90+11'), a face que parecia revelar uma crise de identidade capaz de comprometer a carreira dos "guerreiros" na disputa com o trio de candidatos ao título.

Um resultado que permite à equipa de Artur Jorge encurtar, provisoriamente, a distância para Benfica e FC Porto, e nega aos famalicenses aproximação aos lugares europeus, depois de terem estado muito próximo de repetir o triunfo da primeira volta. Mas a reversão de um segundo penálti por mão de José Fonte, perto do minuto 90, e um golo de Álvaro Djaló mesmo a acabar, atenuaram os problemas bracarenses.

Apesar dos sinais de alerta deixados pelo empate no recente dérbi com o grande rival de Guimarães e das derrotas da Luz e do Dragão, para a Taça de Portugal e na Liga, o Sp. Braga apresentou-se em Famalicão para o arranque da segunda volta demasiado apático, quando a ocasião exigia um murro na mesa.

E essa atitude, do mesmo “onze” (à excepção da troca de Zalazar por Pizzi) que saíra cabisbaixo do jogo com o FC Porto, pesou no arranque a frio da equipa de Artur Jorge.

Responsabilidade, também, da postura e qualidade dos famalicenses, que podiam ter provocado um rombo na defesa “arsenalista” não fossem os reflexos de Matheus a negarem o golo a Chiquinho à passagem dos 10 minutos.

Vindo de um triunfo que quebrou um ciclo de seis jogos sem vencer, o Famalicão oscilava entre um 4x2x3x1 e um 4x1x3x2 que promovia a subida dos laterais, especialmente de Nathan, bem compensadas pelos pilares Mirko Topic e Zaidou.

O Sp. Braga vivia, então, dos rasgos de Ricardo Horta, autor do primeiro remate digno de registo, com Luíz Júnior a salvar os anfitriões. Pizzi ainda tentou aliar-se ao “capitão”, recordando ao adversário que poderia marcar a qualquer momento, embora tenha sido de Matheus a intervenção mais importante dos instantes finais da primeira parte, ao impedir que Zaydou marcasse e aumentasse a pressão sobre os bracarenses.

Inconformado, Artur Jorge trocou uma unidade para abordar a segunda parte. Numa fase em que o jogo tinha endurecido, Vítor Carvalho foi admoestado e Zalazar chamado a preencher a lacuna no meio campo. O uruguaio marcara três golos nos últimos quatro encontros e oferecia uma opção mais proactiva.

Mas foi o Famalicão a ameaçar por Theo Fonseca e a adiantar-se num penálti (braço de José Fonte) que não passou o crivo do VAR. Jhonder Cádiz não perdoou, precipitando o Sp. Braga numa corrida contra o tempo que Borja acabaria por vencer parcialmente ao emendar um falhanço de Roger.

O golo foi objecto de protesto por suposta carga de Moutinho no início do lance, argumento insuficiente para demover o árbitro, pelo que o Sp. Braga ganhava novo fôlego para ir em busca do triunfo que acabou por conseguir.

Porém, à beira do fim, foi de novo uma mão de José Fonte a levar os bracarenses ao desespero. O árbitro assinalou penálti, mas o VAR ajudou a revogar a decisão, dando tempo a Djaló para desempatar o encontro e salvar um desfecho dramático para o Sp. Braga, que agora poderá respirar um pouco melhor.

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