Sporting entra a ganhar na segunda volta do campeonato

“Leões” vencem por 2-5 em Vizela depois de terem estado a perder. Gyökeres marcou mais dois golos.

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LUSA/JOSÉ COELHO
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Erros próprios e boa fortuna. Foi assim que o Sporting entrou na segunda volta, a ganhar em Vizela por 2-5 e a garantir que vai continuar no comando do campeonato por mais uma jornada. A equipa de Rúben Amorim começou a perder, conseguiu chegar ao empate antes do intervalo e arrancou para um triunfo robusto que lhe permite chegar aos 46 pontos, mais quatro que o Benfica, que defronta nesta sexta-feira o Boavista. Quanto ao Vizela, vai continuar em zona de despromoção, com 13 pontos, podendo mesmo acabar a jornada em último.

Quase com os mesmos que tinham fechado a primeira volta em Chaves (Coates voltou ao “onze”, Matheus nem no banco esteve), o Sporting apresentou-se em Vizela para, como tinha dito Amorim na véspera, “ganhar da maneira que for”, sabendo-se que as viagens anteriores ao Minho não tinham corrido bem ao “leão” – empate em Braga e derrota em Guimarães. E era esse o propósito de um Vizela a habituar-se às ideias de Rúben de la Barrera, um espanhol de apenas 38 anos, mas já no seu 13.º emprego – antes do Vizela, estava na selecção de El Salvador e, antes disso, passara pelo Qatar e pela Roménia.

O Sporting já tinha sofrido com o Vizela no início da época, voltou a sentir dificuldades contra a formação minhota quando nada o fazia adivinhar. Depois de uma entrada razoavelmente personalizada, os “leões” voltaram a facilitar na defesa e, num ápice, viram-se em apuros. Tudo começa num livre que os vizelenses conseguiram reciclar para um segundo momento de ataque. Ainda bem longe da área, Hugo Oliveira fez o cruzamento e Alberto Soro, entre os centrais “leoninos”, cabeceou para o fundo das redes à guarda de Adán.

O Vizela via-se a ganhar no primeiro remate que fazia e não era difícil adivinhar o que iria fazer a seguir. Segurar essa vantagem até ao limite – tentar guardar a bola e fazer andar o relógio. Podia ter ficado sem ela cinco minutos depois, mas Viktor Gyökeres, depois de uma boa jogada de Pedro Gonçalves, acertou na trave quando estava praticamente dentro da baliza. Samu ainda teve um remate com perigo relativo aos 28’ – saiu ao lado. Depois disso, os “leões” montaram o cerco.

Pelo tempo em que o jogo esteve parado durante a primeira parte, o árbitro acrescentou mais cinco minutos – seriam mais. E passou-se muita coisa. Aos 46’, Paulinho meteu a bola na baliza após passe de Trincão, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. E aos 53’, Gyökeres redimiu-se daquele falhanço ao marcar o golo do empate, numa jogada de insistência, com Paulinho a ganhar nas alturas e o sueco a fugir à marcação de Oliveira antes do remate cruzado e sem hipóteses para Buntic.

O Sporting entrou na segunda parte da mesma forma que terminou a primeira, a marcar. Logo na primeira jogada, depois de uma perda de bola de Bustamante, Trincão meteu uma bola na área a partir da direita e na direcção de Gyökeres que foi direitinho para a baliza sem tocar no sueco – foi uma espécie de assistência posicional de Gyökeres, que, sem tocar na bola, arrastou marcações, captou a atenção do guarda-redes e deixou caminho livre para o remate de Trincão ser golo.

Os “leões” não levaram muito tempo a ganhar outro conforto no marcador aos 56’, com um excelente cabeceamento de Paulinho após cruzamento de Trincão. Mas nem isto serviu para tranquilizar o “leão”, que voltou a ser penalizado pelos seus próprios erros. Aos 63’, o Vizela reentrou no jogo com um passe de Busnic para o excelente Essende - o avançado francês ganhou no duelo com Coates e fez o 2-3.

O uruguaio acabaria por se redimir aos 72’, com um cabeceamento certeiro após livre de Pedro Gonçalves e, aos 86’, Gyökeres deu o carimbo de goleada a esta vitória “leonina” no Minho, após passe de Pedro Gonçalves. Não foi uma vitória linear, mas foi mais do que justa.

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