O desamor de Camões soa belo e sóbrio em Lina

Com Justin Adams ao seu lado em Fado Camões, a cantora entrega-se de voz e alma à lírica camoniana, num fado para guitarra e Moog. É lançado sexta-feira.

Foto
Fado Camões, o novo álbum de Lina, é editado esta sexta-feira
Ouça este artigo
00:00
09:25

Dizia Amália, na imprescindível biografia em que Vítor Pavão dos Santos registou a sua vida, que “o Menor é o pai e a mãe do fado”. “É destino mau, destino das pessoas quando é triste. No Camões, fado nunca aparece em situações de alegria.” E ouvindo a fadista-maior reclamar para si os versos “Com que voz chorarei meu triste fado/ que em tão dura paixão me sepultou”, voz mergulhada lá bem no fundo de uma ferida ainda por fechar, acompanhada pela composição de Alain Oulman, Amália provaria em Com que Voz o quanto a lírica camoniana – depois de ter andado pel’Os Lusíadas e percebido que não se ajustava à forma cantada – assentava na perfeição naquilo que queria cantar e que entendia ser a essência da arte que revolucionou.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar