Carlos Alcaraz mostrou estar preparado para o Open da Austrália

Nuno Borges também venceu na variante de pares.

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Carlos Alcaraz no jogo desta terça-feira Reuters/ISSEI KATO
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Não há consenso quanto à preparação ideal para o Open da Austrália, que se realiza no início de cada ano. Há quem prefira disputar competições oficiais, outros apenas um par de encontros de exibição ou mesmo nem sequer competir, para ter mais tempo para recuperar da época anterior e preparar, não só o major australiano, mas também a longa época. Por exemplo, Novak Djokovic, Alexander Zverev, Casper Ruud e Iga Swiatek competiram na United Cup, Holger Rune, Grigor Dimitrov, Aryna Sabalenka e Elena Rybakina no torneio de Brisbane, e todos ultrapassaram a ronda inicial do Open. Tal como Carlos Alcaraz que não competia desde Novembro e brilhou no regresso a Melbourne Park, agora na condição de duplo campeão de majors.

O espanhol de 20 anos, vencedor do US Open de 2022 e Wimbledon em 2023, falhou a última edição do Open devido a lesão e não competia desde meados de Novembro, quando perdeu nas meias-finais das ATP Finals com Djokovic.

Numa demonstração de grande auto-confiança, Alcaraz resumiu a sua preparação a dois sets e um tie-break no jogo exibição com Alex de Minaur, já na Rod Laver Arena, a meio da semana passada. Apesar da derrota, as boas indicações deixadas pelo número dois mundial ficaram confirmadas na estreia diante do francês Richard Gasquet (131.º), de 37 anos. Ao não aproveitar nenhum dos nove break-points, Alcaraz sentiu dificuldades para ganhar o primeiro set, de 72 minutos, mas dominaria os dois seguintes, dois minutos mais rápidos.

“Tive muitas oportunidades e não as aproveitei. Há dois meses que não competia e saio contente em geral. Tiro muitas coisas positivas”, afirmou Alcaraz, que assinou 53 winners, para vencer, por 7-6 (7/5), 6-1 e 6-2. O próximo teste do espanhol será com o italiano Lorenzo Sonego (46.º), com quem perdeu o duelo anterior, já em 2021.

Alexander Zverev superou o também alemão Dominik Koepfer (62.º), por 4-6, 6-3, 7-6 (7/3) e 6-3, mas as dificuldades continuaram na conferência de imprensa, onde foi insistentemente questionado pela sua eleição para o Conselho de Jogadores da ATP, enquanto decorre um processo no qual é acusado de violência doméstica.

Na prova feminina, Iga Swiatek superou o teste protagonizado por Sofia Kenin (41.ª), campeã em 2020, e venceu, por 7-6 (7/2), 6-2. A líder do ranking WTA vai agora defrontar outra norte-americana, Danielle Collins (62.ª), finalista em 2022, que eliminou, por 6-2, 3-6 e 6-1, a regressada Angelique Kerber – uma das oito mães presentes no quadro individual. Elena Rybakina, Jessica Pegula, Jelena Ostapenko e Victoria Azarenka também ganharam o encontro de estreia.

Destaque ainda para a campeã do US Open de 2021, Emma Raducanu, que, 12 meses depois, voltou a ganhar um encontro num major. A britânica de 21 anos, actualmente na 296.ª posição do ranking, foi submetida a três intervenções cirúrgicas em 2023 e regressou com uma vitória sobre a norte-americana Shelby Rogers (161.ª), por 6-3, 6-2.

Nos pares, Nuno Borges e o australiano Aleksandar Vukic estrearam-se com uma vitória sobre dois especialistas da variante, o equatoriano Gonzalo Escobar e o cazaque Aleksandr Nedovyesov, num encontro decidido no tie-break do último set: 6-3, 6-7 (4/7) e 7-6 (10/7).

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