Depois de tanto “prenúncio de morte”, o que virá?

Às urnas dos que nos deixam pela ordem natural da vida ou pela força das armas, sobrepõem-se em 2024 as urnas do voto.

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Não é raro ler esta frase a encimar um qualquer texto, noticioso ou de opinião. Até já deu título a um livro, Prenúncio de Morte, do portuense Luís Vilas Espinheira (2018). Mas ela é-nos mais familiar a partir da uma célebre canção dos também portuenses GNR, onde “prenúncio de morte” rima com “pronúncia do Norte” (aliás, o seu título), na letra de Rui Reininho com música de Toli César Machado. Mas se recuarmos umas décadas, podemos encontrá-la no texto de um lisboeta: “Sinto-me às vezes tocado, não sei porquê, de um prenúncio de morte…” A frase está no Livro do Desassossego (pág. 74 da edição de Richard Zenith para a Assírio & Alvim, 1998), assinado por Bernardo Soares. Ou seja, Fernando Pessoa (1888-1935). Que através desse seu heterónimo via essa morte como “um cansaço que quer um sono tão profundo que o dormir lhe não basta”.

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