Cinza, sanguínea e mel: Samuel Rama de volta à Galeria 111

Samuel Rama regressa à Galeria 111, em Lisboa, com uma exposição em que a cultura e a natureza, por meio da arte do desenho, se encontram numa tensão frágil e poética.

Foto
Uma das esculturas de Silent Spring, de Samuel Rama

Quem já não desejou, chegado a um novo lugar, visitar a sua floresta? De nela entrar, de nela se perder, de nela se esconder? A propósito da sua nova exposição em Lisboa, na Galeria 111, Inspirare, Samuel Rama falou-nos das experiências da deambulação, da errância na paisagem. Ora são paisagens que as obras da exposição – na qual domina o desenho – nos permitem imaginar. Antes da paisagem e daquilo que julgamos ver (florestas, caminhos, árvores, folhagens, ramos), está o desenho. Vemo-lo pressuroso, mas delicado, denso, mas frágil nessa série que se chama Desejo. Não podemos deixar de o ver, sobre o papel feito, um desenho de desenhos, sanguíneo ou cinza, no qual vamos reconhecendo formas, contornos. Reconhecemos, mas o que o de facto vemos, acima de tudo, são desenhos que seguimos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar