O caso das gémeas Lorena e Maitê, visto de outro ângulo
Podemos estar intrigados e até zangados com o que julgamos saber do caso, mas não devemos perder o bom senso e o sentido de responsabilidade. A maneira como temos tratado este assunto é errada.
Para ficar alinhado com o guião oficial do enredo mais discutido das últimas semanas, bastaria pôr o fio condutor desta conversa no caso das gémeas luso-brasileiras, filhas de gente importante, que vieram a Portugal, com uma “cunha” de alto nível, esbanjar 4 milhões de euros dos nossos impostos no medicamento mais caro do mundo, passando à frente dos pobres portugueses que desesperavam na fila. Só que, como quase sempre acontece, a realidade não é assim tão a preto e branco. Quando o frenesim mediático começa a acalmar, já é possível ver as coisas com mais nitidez, ou, pelo menos, a partir de um ângulo diferente. Podemos estar intrigados e até zangados com o que julgamos saber do caso, mas não devemos perder o bom senso e o sentido de responsabilidade.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.