Tempo dos balanços
Os balanços são uma máquina cruel de produzir passado. São a “magia negra” do jornalismo a desafiar a historiografia.
Final do ano, tempo de “balanços”. Na cultura, na política, na economia – todas as áreas são submetidas a uma recapitulação, como se o calendário anual, o início e o fim do ano civil, correspondesse a um ciclo da história, a um antes e um depois capazes de sinalizar uma época autónoma rigorosamente delimitada. De onde vem e como se impôs esta mania de fazer esboços cartográficos espontâneos, determinados pelos caprichos da memória e pela lógica do jornalismo, dos últimos 365 dias do ano?
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