Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco compõem musical. Estreia será em Fevereiro

A acção de A madrugada que eu esperava decorre em 1971. As cantoras partilham a autoria musical e o palco, no papel de Olívia, jovem procurada pela PIDE.

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As cantoras Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco interpretam e assinam a composição do musical A madrugada que eu esperava cortesia força de produção
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O musical A madrugada que eu esperava, que conta com as cantoras Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco na composição e interpretação, estreia-se a 14 de Fevereiro no Teatro Maria Matos, em Lisboa (onde ficará em cena até 28 de Abril), sendo depois apresentado no Coliseu do Porto a 30 e 31 de Maio.

De acordo com a produtora Força de Produção, num comunicado divulgado esta segunda-feira, o musical, com texto de Hugo Gonçalves e encenação de Ricardo da Rocha, "leva a palco uma clássica e universal história de amor, onde os protagonistas são obrigados a enfrentar o conflito entre o que sentem e o que acreditam". O espectáculo será protagonizado por Bárbara Tinoco e Carolina Deslandes, que assinam também a autoria da música, e por Diogo Branco. Fazem ainda parte do elenco Brienne Keller, Dinarte Branco, JP Costa, João Maria Pinto, Jorge Mourato, José Lobo, Maria Henrique (encarregue também da direcção de actores) e Mariana Lencastre – o espectáculo conta com "banda ao vivo", adianta a produtora. As cantoras foram ambas finalistas do Festival da Canção: Bárbara Tinoco com Passe-Partout em 2020; Tinoco com Por um Triz, em 2021.

Esta será uma estreia na representação para Tinoco, mas não para Deslandes, que participou em 2021 no espectáculo A nova Cinderela no gelo. Ambas irão interpretar o papel de Olívia, alternando o mesmo com o de Clara, sua irmã. "Olívia tem ideais políticos fortes que se reflectem na sua oposição activa à ditadura. Francisco é um rapaz introvertido, sonha ser actor de comédia acredita que o riso é a mais eficaz arma de subversão e vai aos ensaios às escondidas, porque o pai não aprova as suas aspirações artísticas. Procurada pela PIDE, por vender livros proibidos pela censura, Olívia refugia-se em Paris para escapar à prisão, alheia ao facto de que Francisco foi destacado para a guerra. Encontram-se anos mais tarde, no dia da revolução de 25 de Abril [de 1974]", lê-se no comunicado.

A acção do musical desenrola-se em 1971 e centra-se nas personagens Olívia e Francisco (Diogo Branco), que se conhecem e apaixonam num grupo de teatro amador, enquanto ensaiam uma versão musical de Romeu e Julieta.

A madrugada que eu esperava parte de um verso de um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen é uma co-produção entre a Força de Produção e a Primeira Linha.

Os bilhetes para o espectáculo já estão à venda e custam entre os 20 e os 25 euros para Lisboa, e os 15 e os 35 euros para o Porto.

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