O mítico Kenilworth Road ficou a conhecer o pé esquerdo de Bernardo Silva

Em Espanha, o Girona mostrou que já não pode ser vista apenas como uma equipa-sensação: vitória (4-2) no derby da Catalunha frente ao Barcelona e liderança isolada, à frente do Real Madrid.

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Bernardo Silva voltou a marcar pelo Manchester City Reuters/ISABEL INFANTES
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É um dos palcos com mais história no futebol inglês e, desde 1905, é a casa do Luton Town. Porém, só neste domingo Kenilworth Road ficou a conhecer o pé esquerdo de Bernardo Silva. A atravessar uma atípica fase negativa na Premier League – quatro jogos sem vitórias -, o Manchester City ainda esteve a perder no Sudeste de Inglaterra, mas um grande golo de Bernardo Silva desbloqueou, aos 62’, o jogo para a equipa de Pep Guardiola – três minutos depois, Jack Grealish fez o golo que garantiu a vitória dos campeões ingleses.

Para um clube que em 2013 andava pelos escalões amadores e que conta no currículo com a proeza de ter sido o primeiro clube a subir em dez anos da quinta divisão para a Premier League, a época de regresso à elite inglesa até nem está a correr mal: está a uma posição dos lugares que garantem a permanência. Porém, em apenas cinco dias, o Luton Town teve de se contar por ficar apenas no “quase” na recepção a um dos todo-poderosos da Premier League.

Após perder na passada terça-feira em Kenilworth Road por 3-4 contra o Arsenal, a história repetiu-se frente ao Manchester City: a meia hora do fim, os “hatters” estavam a ganhar, mas terminaram mais uma jornada sem qualquer ponto.

Num jogo onde o domínio foi quase sempre do City, a equipa de Guardiola foi desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades e, na última jogada da primeira parte, um cruzamento teleguiado de Andros Townsend surgiu à medida dos 193 centímetros do londrino Elijah Adebayo que, de cabeça, colocou o Luton Town na frente.

Com Rúben Dias e Bernardo Silva no “onze”, Guardiola não mudou nada ao intervalo, mas o técnico espanhol teve de esperar até ao minuto 62 para ver a sua equipa começar a derrubar a resistência dos rivais, mérito de um pé esquerdo português: com um remate à altura da sua qualidade, Bernardo Silva empatou. Quase de seguida, Jack Grealish surgiu de forma oportuna ao segundo poste, após um cruzamento de Julián Álvarez, e garantiu o triunfo aos “citizens”.

Outro jogador português em destaque na jornada 16 da Premier League foi Palhinha. O médio fez a assistência para o primeiro golo do Fulham, de Marco Silva, que goleou em casa o West Ham, por 5-0, uma partida onde dois ex-benfiquistas marcaram: Raúl Jiménez e Carlos Vinícius.

Em Espanha, ao fim de 16 jornadas é o Girona e os outros. Se havia dúvidas que a equipa catalã tinha qualidade para intrometer-se na luta pelo título, a resposta não podia ser mais convincente: triunfo por 4-2 no Olímpico Lluís Companys, a casa do Barcelona enquanto o Camp Nou está a ser remodelado.

A formação liderada pelo madrileno Miguel Muñoz, que podia assumir a liderança isolada depois do Real Madrid empatar (1-1) em Sevilha frente ao Betis, não acusou qualquer tipo de pressão e, de forma meritória, venceu o derby catalão.

Num duelo jogado sempre com qualidade, o internacional ucraniano Artem Dovbyk colocou o Girona a vencer aos 12’, Lewandowski empatou aos sete minutos depois, mas, perto do intervalo, Miguel Gutiérrez recolocou os forasteiros na frente.

Na segunda parte, o Barcelona, com Félix e Cancelo a titulares, tentou a reviravolta, mas, mostrando personalidade, foi o Girona que marcou: Valery Fernández fez o 1-3, aos 80’.

Nos descontos, Gundogan ainda fez o 2-3 e reacendeu a esperança dos “blaugrana”, mas, numa das últimas jogadas de um grande jogo, Christian Stuani fez o 2-4 final, confirmando o primeiro triunfo da história do Girona frente ao Barcelona.

Ainda em Espanha, o Granada-Athletic foi suspenso logo aos 18 minutos, quando a equipa de Bilbau vencia por 1-0, devido à morte de um adepto, que sofre uma paragem cardio-respiratória.

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