Novo aeroporto demorará, pelo menos, sete anos a ficar pronto

A estimativa foi adiantada por Rosário Macário, da CTI, durante a conferência de imprensa de apresentação do relatório que vai apoiar a decisão sobre o aumento da capacidade aeroportuária em Lisboa.

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Daniel Rocha
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"Não vamos esperar 15 anos, mas também não fazemos milagres". É assim que a Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pelo estudo da melhor solução para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa resume o processo que o país ainda tem pela frente até que o novo aeroporto esteja em funcionamento. Serão, no mínimo, sete anos até haver mais uma pista aeroportuária.

A estimativa foi adiantada por Rosário Macário, vogal da CTI, durante a conferência de imprensa de apresentação do relatório que vai apoiar a decisão sobre o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, que decorreu esta terça-feira.

"Não vamos esperar 15 anos, mas também não fazemos milagres. Não se faz um aeroporto de um dia para o outro", começou por dizer a responsável, em resposta a Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), também presente na conferência de imprensa e que aproveitou o momento para lamentar o impacto que o atraso na construção do novo aeroporto tem sobre o sector turístico.

Contudo, admitiu Rosário Macário, o aeroporto que serve actualmente Lisboa, o Humberto Delgado, tem "níveis de serviço muito baixos, com atrasos permanentes", e sem capacidade de crescimento. "Quer do ponto de vista territorial, quer do ponto de vista aéreo, não é possível aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado", sintetizou.

Assim, a construção de um novo aeroporto apresenta-se como urgente, mas nem por isso imediata. "Não serão 15 anos, mas dificilmente serão menos do que sete anos para que esteja concluída a construção", afirmou.

Essa é, precisamente, a projecção para a duração da construção da solução "Portela+Alcochete", aquela que a CTI considera como aquela que traz "mais vantagem" para o país. Já a solução "Portela+Montijo" demoraria seis anos, mas a CTI descartou esta hipótese, por "razões aeronáuticas e ambientais, bem como por razões económico-financeiras, devido à sua capacidade limitada para expandir a conectividade aérea".

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São, ainda, consideradas outras soluções, como Santarém, que demoraria oito anos, mas que também foi descartada pela CTI, "por razões aeronáuticas (de navegação aérea)".

Já a solução "Portela+Vendas Novas" - um modelo temporário, que funcionaria até que pudesse funcionar um único aeroporto em Vendas Novas - tem um tempo estimado de construção de nove anos. Esta solução também é apresentada como "viável" pela CTI.

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