O fascismo “em nome da liberdade”

Como ocorreu com Trump, Bolsonaro e Meloni, ou com Mussolini e Hitler, homens como Wilders e Milei só chegam ao poder com o apoio e em coligação com a direita tradicional.

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E a vaga fascizante vai avançando século XXI adentro. As vitórias da extrema-direita de Geert Wilders e de Javier Milei na Argentina exemplificam bem como o fenómeno contamina todo o Ocidente. Ele não é inexplicável: resulta do ataque neoliberal aos direitos humanos, quer os individuais, nesta era da securitização que agita o espantalho dos “inimigos internos”, quer os sociais, neste agravamento permanente da pobreza que resulta da devastação neoliberal. Ele não é novo: estes homens andam por cá há muitos anos, beneficiando sempre do apoio/tolerância das direitas tradicionais onde eles próprios fizeram carreira e sem as quais nunca chegam ao poder, e das sociais-democracias (como o nosso PS) cujas políticas económicas iguais às das da direita estendem passadeiras vermelhas à verborreia desta gente.

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