Petição para classificar obra de José Mário Branco soma mais de 2100 assinaturas

A classificação, dizem os signatários, será “um passo importante para o conhecimento e a preservação” da obra do cantautor, assim como “um impulso decisivo para a [sua] divulgação futura”.

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José Mário Branco Manuel Roberto

Mais de 2100 pessoas subscreveram uma petição pública a pedir que a obra de José Mário Branco (1942-2019) seja classificada como de interesse nacional, pela sua importância na música portuguesa, disseram à Lusa dois dos autores da iniciativa, o músico Vítor Sarmento e o produtor Alain Vachier.

A petição, lançada no início do mês, é dirigida ao Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e ao ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e a ideia partiu de 39 pessoas ligadas à música portuguesa.

Entre os primeiros peticionários estão os músicos Francisco Fanhais, Gaspar Varela, João Afonso, José Barros, Manuel Freire e Marco Oliveira, o editor Arnaldo Trindade, a cantora Ana Ribeiro, o investigador João Carlos Callixto e o radialista Armando Carvalhêda.

"A sua obra é, sem qualquer dúvida, um património cultural português. A classificação desta será um passo importante para o seu conhecimento e preservação, assim como um impulso decisivo para a divulgação futura", lê-se na petição.

José Mário Branco, um dos mais importantes nomes da música portuguesa do século XX, em particular desde a década de 1970, morreu aos 77 anos, em Novembro de 2019.

Em 2021, a família do músico assinou um protocolo de cedência de todo o espólio à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, para organização e catalogação de centenas de documentos, gravações, fotografias, discos e outros itens.

Este protocolo tinha como finalidade dar seguimento ao trabalho que José Mário Branco tinha encetado anos antes com o Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) e o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) daquela universidade.

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