Apoio a pessoas com demência em Braga vence Prémio Manuel António da Mota

O segundo prémio foi para o Instituto para o Desenvolvimento e Inclusão Social, em Vila Nova de Gaia e o terceiro prémio foi distribuído por três associações.

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O primeiro-ministro esteve na cerimónia, na companhia de Manuela Ramalho Eanes e António da Mota LUSA/ESTELA SILVA

Um projecto de apoio domiciliário a pessoas com sintomas de demência, em Braga, promovido pelas Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, ganhou o Prémio Manuel António da Mota.

A 14.ª edição do prémio promovido pela Fundação Manuel António da Mota distinguiu este sábado, no Porto, instituições portuguesas que, sob o lema "Portugal Futuro", se destacaram na luta contra a pobreza e exclusão social, acolhimento e integração de migrantes e refugiados, valorização do interior e coesão territorial, saúde, educação, emprego, apoio à família, inovação e empreendedorismo social, inclusão e transição digital e tecnológica e transição climática, revelou à Lusa o presidente do conselho executivo, Rui Pedroto.

A edição de 2023, segundo o responsável da fundação, recebeu "mais de 300 candidaturas, sendo que 10 foram finalistas, tendo sido apurados, pela primeira vez, três terceiros classificados".

Anualmente, a fundação atribui ao primeiro prémio 50 mil euros, ao segundo 25 mil euros e ao terceiro 10 mil euros, disse, precisando que, para além destes, houve ainda cinco menções honrosas, que receberam, cada uma, cinco mil euros.

As menções honrosas foram para a Associação de Promoção e Defesa da Vida e da Família - Vida Norte, Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã, Centro Social e Cultural S. Pedro de Bairro, Mundo a Sorrir - Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses e para Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, revelou a organização.

O segundo prémio foi para o Instituto para o Desenvolvimento e Inclusão Social, em Vila Nova de Gaia, pelo projecto "Jovens à obra" que "pretende capacitar jovens que não trabalham nem estudam numa oficina-escola, em que os jovens aprimoram as suas competências psicossociais e técnicas na área da pintura, carpintaria, electricidade, entre outras, colocando-as depois ao serviço da comunidade", anunciou o responsável da fundação.

Quanto ao terceiro prémio, foi distribuído por três associações: a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, de Lisboa, o Centro Social do Vale do Homem, em Vila Verde, e a Qualificar para Incluir, associação de solidariedade social do Porto.

A Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, foi premiada com base no projecto que "procura trabalhar o direito dessas pessoas à comunicação e que reclama um conjunto de cuidados", destacou o responsável, enfatizando tratar-se de "uma doença que afecta em Portugal mais de mil pessoas".

O Centro Social do Vale do Homem, em Vila Verde, no distrito de Braga, com o projecto "ponto de fuga", "destinado a jovens com mais de 18 anos com doença mental grave e que procura através da arte estimular do ponto de vista sensorial, cognitivo e relacional essas pessoas, assim ajudando a melhorar o seu estado clínico", foi também premiado com 10 mil euros, acrescentou.

Foi também distinguida a Qualificar para Incluir, que trabalha com jovens estudantes que chegam de contextos familiares desfavorecidos e que "com o seu projecto "Reviravolta, comunidade socioeducativa" apoia jovens entre os 6 e os 18 anos, proporcionando-lhes bem-estar social, auto-estima, empoderamento, integração social, resolução de conflitos, num percurso formativo positivo e qualificante", explicou.

Criado em 2010, o prémio já distinguiu 130 projectos de instituições de todo o país, tendo atribuído, desde 2010, um valor total de 1,450 milhões de euros, lê-se na informação distribuída pela fundação.

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