Joana Espadinha relança Ginger Ale para combater a violência contra as mulheres

Em 2022, Joana Espadinha concorreu ao Festival RTP da Canção com o tema Ginger Ale, que, interpretado e defendido por Diana Castro, ficaria em quarto lugar na final. Isso foi em Março do ano passado. Agora, vinte meses após essa experiência, decidiu dar nova vida e também um novo sentido à canção, regravando-a com mais cinco cantoras: Ana Bacalhau, Diana Castro, Luísa Sobral, Marisa Liz e Selma Uamusse. Deu-lhe o nome de Ginger Ale Special Edition e, como já escrevera a canção baseada na sua experiência de maternidade, apresenta-a como “o champanhe sem álcool para a mãe que amamenta” (ou, dito de outro modo: se amamentar, não beba álcool), gravando-a com outras cantoras que são também mães.

A nova versão da canção, segundo o texto que acompanha o lançamento do videoclipe, “surge associada à campanha de sensibilização para o trabalho da Associação OVO - Observatório de Violência Obstétrica em Portugal, sinalizando o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres”. A intenção é também apoiar o trabalho da OVO, já que 30% da receita gerada pela distribuição digital reverterá para a associação. “Num contexto em que se agravam os encerramentos de maternidades públicas e sentimos a instabilidade do SNS”, a OVO, diz-se no texto,aponta a existência de Violência Obstétrica em Portugal, dá voz e apoio a estas vítimas, responsabilizando o sistema e ambicionando um acompanhamento mais humano e seguro para as grávidas e parturientes do nosso país”. A OVO assume-se ainda como pioneira, em Portugal, “na luta pelos direitos das mulheres e famílias no momento da gravidez, parto e pós-parto”.

Nascida em 1993, Joana Espadinha lançou o seu primeiro álbum, como compositora e intérprete, em 2014, Avesso. Seguiram-se-lhe O Material Tem Sempre Razão (2018) e Ninguém Nos Vai Tirar o Sol (2021). Em 2023 estreou uma nova canção, Será o que será, em single e videoclipe, apresentada como uma viagem ao início da sua adolescência.