Aqui chegados, o que está em causa não é um Estado Federal criado por um Ato Constitucional e mudando a ordem dos soberanos, mas, antes, o lançamento de algumas âncoras federais que assegurem uma linha de rumo consistente, de médio e longo prazo, ao projeto europeu. Seja como for, já se percebeu que a aventura europeia prosseguirá por um caminho estreito e sinuoso, entre a utopia, a necessidade e a contingência, sobretudo agora que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu (junho de 2024). À luz dos acontecimentos mais importantes deste último período (2016-2023) retomo e atualizo os meus escritos sobre a união política europeia, em apoio da ideia de uma Europa de inspiração federal. As dez teses revistas são o meu contributo pessoal para o debate e a reflexão que se seguirão.