Numa área de cerca de 400 quilómetros, existem cerca de 70 postos de controlo espalhados pela Cisjordânia. Cada carro, cada pessoa é uma novidade, mesmo que 30 quilómetros atrás se tenha identificado. É uma verificação constante, destinada a transmitir a certeza de que estamos a ser vigiados. Não nos ocorre sequer dizer a verdade — que viemos entrevistar uma arquiteta e autora que trabalha sobre a preservação da arquitetura palestiniana — na certeza, porém, de que seríamos logo barrados. Somos então um inocente grupo de turistas portugueses, que quer muito fotografar o túmulo de Abraão. E assim, de posto em posto, acabamos por chegar a Hebron.
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