FC Porto derrubado pelo “lanterna-vermelha” Estoril no Dragão

Sérgio Conceição esperava a 250.ª vitória ao leme da equipa portista, mas foi o último da classificação a somar os três pontos.

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Francisco Conceição carregou a equipa para o ataque EPA/ESTELA SILVA
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O FC Porto foi esta sexta-feira, na abertura da 10.ª jornada da I Liga, derrotado pelo Estoril em pleno Estádio do Dragão (0-1). Uma derrota que penaliza a ineficácia portista, que desperdiçou um penálti aos seis minutos, e premeia a organização dos visitantes, no primeiro triunfo da era Vasco Seabra para o campeonato.

Perante a abordagem ultraconservadora do Estoril, com dois blocos coesos assentes numa linha de cinco defesas e noutra de quatro médios, o FC Porto podia começar a imaginar uma noite longa em busca da brecha na muralha “canarinha”.

Na verdade, toda a estratégia de Vasco Seabra podia ter ruído logo ao sexto minuto se o guarda-redes Marcelo Carné não tivesse emendado o erro de Volnei e defendido o penálti que, finalmente, daria a Taremi o primeiro golo da época no Dragão.

O avançado iraniano — com três golos em 13 jogos para todas as competições — não foi competente e o jogo voltou à forma inicial, com o Estoril empenhado em manter a baliza intacta. Tudo, sem abdicar de uma postura que lhe permitia criar problemas aos “azuis e brancos”. Sérgio Conceição tinha destacado o ataque do adversário e, ainda que concentrados em tarefas menos nobres, os atacantes provaram ser capazes de fazer mossa caso os “dragões” baixassem a guarda.

Com Jorge Sánchez à direita e João Mário à esquerda, o FC Porto era convidado a explorar a largura, expondo-se à forma agressiva e rápida como o Estoril encurtava as transições e entrava no raio de acção de Pepe e David Carmo.

Ainda assim, com quase 75% de posse de bola, o FC Porto ditava o ritmo e desenhava alguns bons momentos de futebol de ataque, quase sempre conduzidos por Francisco Conceição. Porém, nem Sánchez, nem Evanilson estiveram à altura de bater Carné, pelo que a primeira parte se esgotou sem golos, com Volnei a salvar sobre a linha a maior oportunidade da equipa da casa, a remate de Sánchez.

No reatamento, o Estoril procurou aumentar as visitas à área contrária sem receio de uma atitude mais atrevida e, com issom, o FC Porto foi descobrindo os espaços necessários para dar outra dimensão ao jogo ofensivo, ainda que invariavelmente a depender das arrancadas de Francisco Conceição.

O pai Conceição ainda esperou 15 minutos antes de agir, tirando Taremi, Sanchéz e Alan Varela da equação. Sinal claro de que a equipa começava a jogar também contra o tempo e faltavam soluções para desposicionar um adversário que instantes antes tinha dado sinais de querer mais da noite do Dragão, ao destacar duas unidades para junto da área portista.

O FC Porto estava, assim, sujeito a uma transição como a que levou Rafik Guitane a ser varrido por David Carmos à entrada da área em lance que o árbitro viu penálti, mas o VAR corrigiu. Na prática, o livre de Holsgrove foi igual a um penálti e o Estoril, cujo calcanhar de Aquiles têm sido os lances de bola parada, passava para a frente do marcador.

O FC Porto apelou ao coração dos jogadores, mas estava escrito que Sérgio Conceição não celebraria a 250.ª vitória a frente dos "azuis e brancos".

Notícia actualizada às 12h03, acrescentando-se o resultado no primeiro parágrafo

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